Porta Voz
Tirando a banda tributo, são o grupo com o som mais próximo de Censurados.
Isto tem muito a ver com facto de Orlando Cohen ter sido um Censurado.
Apesar da crueza a que o bom rock obriga, têm o som mais limpo da noite.
Destilaram energia. Atiraram palavras certas para o ar.
Foi um excelente inicio de tributo.
Orlando Cohen é um mestre na guitarra.
Osso Ruido
Duas gerações no mesmo palco.
De um lado um guitarrista com 13 anos e um baterista de 12. Do outro um baixista que é pai do baterista e outro guitarrista com 60 e tal anos.
Pelo meio Eduardo, dos Dalai Lume dá uma perninha na voz.
Começo mais punk. Depois quando o senhor da guitarra foi para a voz o som embalou mais para o rock'n'roll.
Por tudo isto, estes Osso Ruido, são um grupo que urge ver em palco.
O legado de Ribas está aqui bem entregue à nova geração, que excelentes cartas dão na guitarra, bateria e voz.
Dalai Lume
Foram a banda mais punk da noite.
Pelo som e pela atitude em palco.
O senhor da voz é irrequieto. Fala muito e cospe rock.
O resto transpira raiva pelos poros.
Por puco o Salão Brazil não ficou feito em cacos.
Bela entrega de todos a provar que se pode fazer punk com alma.
Re-Censurados
Banda de tributo.
Sem o Covas Frazão a voz foi entregue ao senhor dos Artigo 21.
Foi grande a festa. O público cantou em coro quase todos ou temas.
A malta das outras bandas subiu ao palco e tocou e cantou.
Prova provada que o João Ribas é eterno e onde quer que esteja dever ter muito orgulho no que vê.
E já agora um obrigado enorme à Joana Tê, por nos ter oferecido esta noite. Vieram à memória os belos serões passados no Centro Popular de Trabalhadores em Celas. E melhor elogio que este não pode haver.
Texto e Fotos Nuno Ávila
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