Para assinala o 25 de Abril e a Revolução dos Cravos, a Experimentáculo associa-se às comemorações da data com dois concertos de entrada gratuita. Assim, no dia 24, após a Brigada Victor Jara, na Praça do Bocage, é altura de ouvir o canto de intervenção da Frente Popular, na Capricho Setubalense, com início às 00h15. E no dia 26, pelas 18 horas, é a vez de Azevedo Silva actuar na Casa da Cultura.
Os Frente Popular nasceram da necessidade, estética e política, de recuperar a canção de protesto - não como homenagem, não para a cristalizar num passado mítico e irrecuperável, mas para afirmar, a partir deste património de luta, uma visão sobre o presente e o futuro. A música da Frente Popular é política, é global e é de festa, e a sua posição política é unitária. A acção cultural do colectivo celebra algum do mais importante reportório que, da marca ao afrobeat, de José Mário Branco a Jacques Brel, constitui a marca dessa luta de resistência ao longo das décadas.
Por sua vez, Azevedo Silva é já um velho conhecido da cidade de Setúbal. Cantautor que também tem feito da palavra uma arma, não é por acaso que já lhe chamaram de cantor de intervenção. Admirador confesso de José Afonso, Azevedo Silva continua a focar a sua música em temáticas como a política, a desigualdade social, a crítica social, o quotidiano e o ambiente urbano. Na matiné de domingo, as portas da Casa da Cultura abrem-se para ouvir o novo trabalho, o disco "V".
Sem comentários:
Enviar um comentário