Bode
Já por aqui escrevemos que o som denso e negro de Bode é muito bom.
Foi essa novamente a ideia com que ficamos no Kamalhão.
Mas o que passou, é que a musica de Bode é para ouvir corpo a corpo.
Sozinho na imensidão do palco, com a sua guitarra e algumas eletrónicas, Bode perde-se.
A música acerta menos em nós.
Bode é para se pegar pelos cornos. Para fazer o corpo estalar.
Contudo, não deixou de ser um momento que nos agradou.
Bode entregou-se e lutou contra uma mata ainda muito despida em inicio de noite.
O que é certo, é que ficou a vontade de o voltar a ouvir mais perto de nós...
The Year
Faltou aqui qualquer coisa. O suficiente para o concerto não nos agarrar por inteiro.
Foi uma a atuação a espaços, com alguns momentos interessantes.
Hardcore vindo de Pombal, que não traz muita novidade.
Isso em muitos casos não é relevante. Aqui este pormenor escapou, e não souberam dar a voltas ao texto.
Um toque de mágica mais arrojado, tinha resolvido a questão.
Faltou uma entrega por igual de todo o coletivo. E isso fez toda a diferença.
Uma noite menos inspirada, mas muito transpirada.
Outras melhores virão...
Ghost Hunt
Que dizer mais destes rapazes sem nos repetirmos.
Estão cada vez melhores, isso é uma verdade.
Sabem dar um toque de requinte ao que fazem.
Aqui o passado faz sentido.
O Krautrock está vivo. A elétrica agarra o corpo. Somos atacados poe laivos de psicadelismo. E embebidos em algum pós rock.
Concerto perfeito. Sem mossas.
Uma das nossas melhores bandas....
Sabem ser humildes... Sem vedetismos fazem bem.
E deleitam-nos de cada vez que sobem ao palco.
E deleitam-nos de cada vez que sobem ao palco.
d3o
Iguais a eles próprios. E isso basta para ser bom.
Portanto, o concerto teve todos os ingredientes a que estamos habituados.
Rock. Entrega. Suor. E avarias de material.
Tudo a que temos direito.
Nada de novo. Mas sempre renovado.
São assim os d3o e não há quem os mude.
Texto & Fotos Nuno Ávila
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