segunda-feira, 8 de maio de 2017

NOVO DISCO DE PEDRO BARROSO


















Pedro Barroso e a Ovação consolidam, depois das 4 últimas edições do artista, um percurso bem sucedido e por isso, também e orgulhosamente celebramos de modo bem especial o regresso em força deste invulgar artista após malfadadas ocorrências que o atingiram.

Gravado entre Janeiro e finais Fevereiro sob direcção técnica e captação de som de João Martins Sela e masterização de Rui Dias, este disco – o 20º!! - contem 13 canções e foi feito em 13 dias, por 13 músicos:
Ana Isabel Alves – bandolim, António Chainho - guitarra portuguesa, David Zagalo - piano e teclados, Luís Cascão – caixa, Luís Sá Pessoa – violoncelo, Manuel Rocha – violino, Miguel Carreira - violas e acordeão, Nuno Barroso – Piano e percussões, Nuno Fernandes – Tuba, Pedro Barroso – piano, viola, coros, assobio e percussões, Rão Kyao – flautas de bambu, Rodrigo Serrão – contrabaixo acústico, Susana Castro Santos – violoncelo.
Para definir este fantástico novo disco, com poemas, músicas, produção e Direcção musical de Pedro Barroso nada melhor que citar o que o proprio escreveu:.

"Artes do futuro é uma espécie de “Manual de sobrevivência” para sonhadores.

Nele se registam, mais propriamente, doze sonhadores e um vigarista. Eu explico.

Baseada em aturados estudos e arriscadas experiencias sem credibilidade alguma, a excêntrica criatura que se propôs tão peculiar empreitada, tentou observar pessoas, factos e exemplos vários, aleatoriamente recolhidos em passados, presentes e futuros, com seus diversos modos de viver. Ora bem.

De facto, em todos os temas abordados, respectivos heróis e seus velados conselhos, ressaltam a fantasia positiva, o aprumo de coragem, o anseio de um amanhã melhor, uma crença de probidade futura, uma teimosa busca, amor pela verdade, sonho de perfeição.
Enfim, poetas…- Vossências perdoarão.

Tal houvera de aplicar-se, urgentemente, ao homem público. Mas reside ainda, talvez, no íntimo de alguns de nós. Os que ainda temos mantido o saudável exercício de acreditar em tão improváveis prodígios através dos tempos. E - até no menos recomendável caso de um megalómano e engenhoso Comendador - há, de certo modo… fantasia. Menos positiva, é obvio, e ditada pela cupidez. Mas todos sabemos que o mundo não é perfeito.

 Face às malfadadas e desditosas ocorrências limite que enfrentou, o debilitado autor deste manual, provavelmente, terá algum permitido conhecimento técnico para falar de certas matérias - tais como a brevíssima validade de prazos, datas, passaportes, carimbos e planetas para este acto tão exótico de existir.

Que deve ser vivido em pleno, portanto, dada a sua confirmada transitoriedade.

Somos, com efeito, sempre bem mais efémeros, provisórios, frágeis e breves do que desejávamos. E ficamos sempre aquém do sonho que para nós mesmos tínhamos preparado. A meio caminho de tudo o que ainda há-de haver. Injustiças.

Partimos quando começávamos, timidamente, a vislumbrar alguma coisa.

Mas o árbitro das madrugadas assim o determina.

Deixamos, pois, aos vindouros, muitos rumos colectivos por desbravar. Em que não fomos, está visto, competentes. E, despudoradamente, a História nos sonegará a nossa sede imensa de sucessos e glórias transcendentes. Obrigando-nos à mais plebeia arte de enfrentar um diário resistir. Com nossas hipócritas mentiras e nossos irrisórios paliativos.

E a tal cidade nova, a catedral maior, a sociedade justa, o futuro perfeito, ficam sempre para amanhã. Utopia, talvez. Há quem lhe chame Sonho, outros Liberdade. Pormenores, claro.

Entretanto, ciclicamente, outros visionários virão. E outros ainda.

E farão versões doutras Artes do Futuro. Rumo ao tal dia luminoso; o que vai recompensar-nos de termos escarpado tanto promontório. E de, eventualmente, ter valido a pena sonhar.

Pois é esse dia - em que nos sentaremos à mesa com o Futuro - que nos virá dar razão.

 E só então os velhos navegantes poderão, enfim, repousar."

Para festejar este tão desejado regresso, o teatro Tivoli e o Coliseu do Porto esgotaram para ouvir e aplaudir o autor, o músico, o cantor que indiscutívelmente pelo seu talento, pela sua obra não pára de nos surpreender.

Um canto à vida, o toque nobre e mágico naquilo que compõe e que escreve à sua maneira que nos transforma, nos engrandece, nos faz acreditar!

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