segunda-feira, 19 de junho de 2017

O FIM DE S. PEDRO A CHEGAR




















Pedro Pode já foi MC de hip-hop e até baterista de uma banda de metal, mas trocou o rap pelo canto e a bateria pela guitarra, e começou a compor canções.

Ganhou notoriedade enquanto líder dos doismileoito, e agora reinventa-se como S. Pedro.

A resposta às muitas ideias soltas que se acumulavam no computador e no telemóvel e que tinham de ser concretizadas. Um conjunto de canções que foi escrevendo, guardando, deixando crescer. Estavam presas como pássaros numa gaiola ou balões numa rede. E precisavam de voar.

S. Pedro libertou-as. Construiu um estúdio analógico, uma oficina de artesão. E foi gravando com tempo, em fita magnética, aperfeiçoando arranjos, acrescentando instrumentos, e convidando amigos para colaborarem.

Primeiro, o Tó Barbot, baixista de uma banda mítica de funk da Maia, malta do funk. Foi não só um cúmplice como ajudou a definir o som do grupo.

Depois o André Aires, que já tinha tocado nos doismileoito, tomou conta da bateria.
Entretanto, o Júnior Amaral, que já trabalhou em discos do Roberto Carlos, entre outros compatriotas, trouxe o perfume do Rio de Janeiro nas teclas.

Assim nasceu a banda S. Pedro e o disco “O Fim”, ainda com as colaborações de Sérgio Pacheco, trompete em “Que Azar”, Sónia Amorim, violoncelo em “Quim” e Andreia Teixeira, que fez coros em quase todas as músicas.

Um disco pessoal e transmissível, feito de canções simples, histórias quotidianas e letras que nos fazem sorrir e pensar.

Canções nas quais nos reconhecemos, com versos que ficam a ressoar, alguns na ponta da língua. Métrica redonda, recorte clássico e pop diletante onde se busca o essencial, até porque “é o bis encore que torna feia a canção”.

O tipo de coisa que se adivinhava de alguém que tem um gato chamado Samuel, joga matrecos e é fã do Porto.

“O Fim” vai ser o princípio de uma bela amizade…

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