quarta-feira, 14 de junho de 2017

VIAGEM AO PLANETA NOVE DE JOÃO C. SOUSA














Existem projetos que são de imediato reconhecidos e aclamados pelo público e pela crítica, e outros que levam uma vida a ser digeridos e apreciados como é suposto. João C. Sousa, o “viajante temporal” que se deu a conhecer em 2016 com um muito intrigante “How To Switch Dimensions”, alinha pela segunda ala: talvez incompreendido, decididamente em contraciclo com as propostas generalistas e facilmente descodificáveis dos nossos dias.

Depois da exploração entre realidades paralelas em “How to Switch Dimensions” e das experiências sónicas e científicas de “Emoto’s Water”, chega a vez de entrarmos na órbita de “Planet Nine”, corpo celeste de atmosfera cerrada, repleto de mistérios por decifrar, que encerra a odisseia sonora do disco.

“How to Switch Dimensions”, a mais imersiva e arrojada proposta da Music For All, encontra-se disponível em edição física e digital em plataformas como a Apple Music, Spotify, Amazon ou The Store. Para explorar sem reservas.

João C. Sousa é um compositor do Porto com um grande fascínio pelo mundo audiovisual. Desde a adolescência que compõe e grava a música que faz, tendo inclusivé feito parte de várias bandas de garagem em contexto pop. Em criança iniciou-se no estudo do piano na escola de Jazz do Porto, tendo já em adulto dedicado-se ao violoncelo, no Conservatório de Música da Maia.

Ao longo do seu percurso, João C. Sousa tem tido a oportunidade de musicar cinema e publicidade. Em 2005 foi agraciado com o prémio “Novos Criadores” na categoria de composição musical. Em 2007 compôs a banda sonora original para a longa-metragem “Sombras- Um Filme Sonâmbulo” de João Trabulo sobre os universos multifacetados do poeta Teixeira de Pascoaes. Em 2013 assinou a música para o spot publicitário do IIIº Festival Internacional de Cinema (CINECOA) e para a exposição “3 Mini” realizada na “Máquinas de Outros Tempos”. Dois anos mais tarde compôs a música para o vídeo promocional de suporte ao livro de fotografia de Júlio Aires intitulado “6:30 a.m.”. Melómano confesso, conserva na sua redoma intocável figuras como Bach, Purcell, Rameau, Laurie Anderson, John Lurie, Jeff Buckley, Kraftwerk, Einstürzende Neubauten, Swans, Depeche Mode, Dead Can Dance, Coil ou os portugueses Noiserv, Clã e Madredeus.

Acalenta ainda o sonho de poder vir a compor para teatro e para videojogos. No final de 2017 edita o seu primeiro longa-duração, intitulado “How to Switch Dimensions”.

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