segunda-feira, 11 de setembro de 2017

RIDING PÂNICO, 16 DE SETEMBRO, 22H30M, 8€, SABOTAGE

Os Riding Pânico são já uma das bandas de culto da música alternativa portuguesa. Fábio Jevelim (PAUS), João Nogueira (Cruzes Credo), Makoto Yagyu (PAUS), Miguel Abelaira (Quelle Dead Gazelle), Shela e Zé Penacho (Marvel Lima) são os músicos que integram o projecto.
O sucessor de “Homem Elefante” foi gravado, misturado e masterizado no HAUS estúdio e constrói-se em torno de oito temas que segundo o comunicado «reafirmam o espaço de culto que os Riding Pânico assumiram no rock instrumental nacional».

Gravação, mistura e masterização ficaram nas mãos de Makoto Yagyu, Fabio Jevelim e Miguel Abelaira.

" Pensar que tudo começou numa incendiária tarde de 2004 é um exercício que tanto tem de nostálgico como de fútil. Se, por um lado, dá um certo gozo notar que foi daqui que brotaram dezenas de experiências no underground português, quer pela sua influência, quer pela sua própria mão, por outro os Riding Pânico não se detiveram nunca naquilo que já foi, e sim naquilo que pode ser no presente. Daí a distância que vai entre um disco e o outro, sendo Rabo de Cavalo “apenas” o terceiro da sua carreira. A música dos Riding Pânico, supergrupo no inverso (já que os seus membros se tornaram, grosso modo, “super” a partir de projectos posteriores) não se delimita pelo tempo, e sim pela ideia; não é arbitrária, volátil, e sim fusão da velocidade de uma faísca com a vontade eléctrica de se ser, para sempre, como naquela tarde em que um grupo de amigos procurou o que não encontrava em mais lado algum. Res ipsa loquitur: o grupo de amigos foi-se alterando ao longo do tempo, mas não a sua ideia. Em Rabo de Cavalo, os riffs correm como uma água-viva, a bateria perde-se e parte-se, o groove ainda pulsa, qual coração de criança, sob um caos improvisado. Tudo em nome de um espírito indecifrável, de um rock que, mais que ser pós- qualquer coisa, é única e exclusivamente Portugal, sobretudo da sua sombra, do que não está imediatamente ao alcance. Tudo porque o pânico não é controlável: cavalga-se."

Paulo Cecílio, Bodyspace
 

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