Marquis Cha Cha
Mono/Stereo - o maior pequeno festival do mundo, aconteceu a 6 e a 7 de Junho no Salão Brazil em Coimbra. Idealizado por Carlos Dias dos Subway Riders e Vaginas Convulsivas, como forma de colmatar o facto dos Subway Riders não serem convidados para festivais de verão.
Johnny Luv & os Hate Killers
Ao todo 10 bandas e um declamador de poesia numa noite e numa tarde. No primeiro dia: Marquis Cha Cha, Johnny Luv & os Hate Killers, BØDE, Subway Riders e Jae Sessions. Domingo à tarde: Drunk Dancer, Vaginas Convulsivas, GG Ramone, The Mokes e Carne Pa Canhão. A poesia a sair sempre da alma de Alexandre Valinho Gigas.
Subway Riders
Em palco tivemos de tudo. A esquizofrenia experimentalista de Marquis Cha Cha. Um homem sozinho em palco, Johnny Luv (apesar de o nome da banda fazer prever outra coisa), com a sua guitarra e percussão de pé, a gritar desalmadamente contra o suchi. Depois o doom de Bode, seguido pela loucura sempre saudável dos Subway Riders. A fechar a primeira noite Jae Sessions em formato quase jeam, a misturarem o rock e o reggae.
Jae Sessions
Drunk Dancer
Domingo à tarde abriu com os nervos de Drunk Dancer, que desfez toda a sua actuação numa tentativa de nos oferecer algum psicadelismo. Vieram depois os Vaginas Convulsivas, afirmar que os Subway Riders são uns gatunos que lhes roubaram as suas musicas. Não faz mal, fica tudo em casa. GG Ramone, ou melhor Guilherme Lucas dos extintos Cães Vadios, oferece Ramones em formato karaoke. Voz dos senhor dos Ramones e batida a saírem do computador, guitarras colocadas por cima. De seguida o rock, mais old school dos The Mokes e por fim o punk dos Carne Pa Canhão.
Vaginas Convulsivas
GG Ramone
Os dois dias tiveram direito a momentos insólitos. Quase todos. Mas uns mais que outros. Pedro Chau baterista dos Subway Riders, estava atrasado e Carlos Dias chamou a amiga Paulo Nozarri para tocar. E a Paulinha não deixou os créditos por baquetas alheias no inicio mais punk do concerto. Quando Chau chegou estiveram por momentos os dois na bateria. Kazuza e o seu micro sem fios, que lhe dá liberdade para sair da sala, foram uma mais valia na prestação dos Subway Riders. O concerto dos Jae Sessions teve direito a dois convidados inesperados acabados de entrar na sala. Primeiro um deles munido do seu djunbé sentou-se na frente do palco, mais tarde um outro senhor foi para junto do baterista. O concerto dos Vaginas Convulsivas teve Chau como baixista convidado, que ao não atinar com as musicas abandonou o palco. Regressou para tocar bateria. Marquis Cha Cha pegou no baixo e deu uma perninha.
The Mokes
Momento alto dos dois dias: BØDE. Momentos mais fora: Drunk Dancer. Momento mais frito: Johnny Luv & os Hate Kilers.
Carne Pa Canhão
O maior pequeno festival, também o foi em termos de público. Casas pouco cheias. Mas os inícios de festa fizeram sempre temer o pior. Carlos Dias não se cansou de culpar o festival primavera, por tal facto. Mas o que é certo é que este é um festival para gente que sabe ao que vai. E esses estiveram lá e divertiram-se.
Alexandre Valinho gigas
No ar ficou a promessa de para o ano este festival voltar, em formato mais alargado para mostrar as bandas mais insólitas deste nosso país.
Texto & Fotos Nuno Ávila
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