Iceberg é a última antecipação do LP da Sreya, Cãezinha Gatinha, que chega na integra a 31 de Julho, dividido em duas partes: "Do Frio", mais melancólico, de onde foi retirada a Hospital do Amor; "No Calor", o lado ameno de ânimo, de onde foi retirada a Calma Coração. Iceberg representa a ligação/transição entre as duas partes.
A Sreya faz canções de forma leve mas comprometida, numa mistura franca da realidade com uma muito própria fantasia.
Depois de "Emocional" (2017) - que nos trouxe canções em formato worldbeat com melodias e linguagem tanto estranhas como familiares à música portuguesa, produzidas por Conan Osíris - chega "Cãezinha-Gatinha", um oceano pop desaguado por vários afluentes (desta feita produzido por Primeira Dama e Bejaflor).
O título "Cãezinha-Gatinha" nasce de uma aglutinação de termos que Sreya usa para descrever a sua dualidade, um principio bastante presente na linguagem, sons, ambientes, cores e humores das suas criações artísticas: numa narrativa dividida em duas partes, "Cãezinha-Gatinha" terá, respectivamente, canções escritas enquanto uma temporada República Checa e outra metade composta já em Lisboa. “Do Frio” é feito de uma aura densa e melancólica, na composição, na lírica e nos arranjos escolhidos. Em “No Calor” encontram-se músicas com energia mais alta, tempos mais acelerados e auras amenas.
Num disco marcado pela diversidade e consistência e pela tradicionalidade e modernidade, características tanto da Sreya como da pop, há um constante melancólico-alegre com um twist que passa da incerteza a um final feliz.
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