terça-feira, 24 de setembro de 2024

SÉRGIO ONZE ATUA ESTE SÁBADO NO FESTIVAL CAIXA ALFAMA



















O fadista atua a 28 de setembro, pelas 21h30, no Palco Amália, onde irá apresentar temas do álbum de estreia "NÓS"


Sérgio Onze integra o cartaz do festival Caixa Alfama 2024. Considerado um dos novos artistas que estão a marcar a música portuguesa em 2024 pelo Expresso/Blitz, o fadista, que lançou recentemente o disco de estreia "NÓS", vai subir ao Palco Amália, no dia 28 de setembro, pelas 21h30.

"Estou muito feliz por cantar, pela primeira vez, naquele que é o festival que manifesta o que tanto de me define: o fado. Canto há muitos anos em Casas de Fado deste bairro, que tanto adoro e me acolhe diariamente e que é, para mim, uma verdadeira segunda casa”, revela Sérgio Onze, que acrescenta, ainda, que "é também muito curioso atuar no palco à frente do qual estaciono todas as noites. Pode ser sinal de que ando a estacionar no lugar certo”.

Depois de se ter apresentado no festival Sol da Caparica e de ter esgotado o Museu do Fado, no concerto de lançamento da edição física do álbum "NÓS", o fadista Sérgio Onze prepara mais concertos para o final de 2024 e datas para o próximo ano, a anunciar em breve.

Sérgio Onze lançou, em abril, o disco de estreia “NÓS”. O álbum foi produzido por Ricardo Ribeiro e AGIR, inclui canções da autoria de artistas como CONAN OSIRIS, Joana Espadinha, AGIR e Teresinha Landeiro e é editado pelo Museu do Fado.

“O disco chama-se “NÓS” e nenhuma música tem esse título, propositadamente. Cada faixa é um nó fortalecido pelo laço e o seu desenlace - tanto desafio como processo, tanto pergunta como resposta. Num todo, e além do peso de um disco de estreia, desfazem-se as regras do que deveria ser um caminho até se atingir a libertação: o alívio depois da tensão”, conta Sérgio Onze. “A base é firme e concreta: o fado inequívoco. E é com ele que se desatam outras luzes. São “NÓS” que ligam produções tão antagónicas como Ricardo Ribeiro e AGIR, é no seu centro que coexistem composições tradicionais e poemas clássicos ao lado das visões esteres de CONAN OSIRIS ou Joana Espadinha”, revela ainda o fadista.

“NÓS” conta com a participação dos músicos Bernardo Romão (Guitarra Portuguesa), Luís Guerreiro (Guitarra Portuguesa), Bernardo Saldanha (Viola), Rodrigo Correia (Viola), Manuel Oliveira (Piano) e Daniel Pinto (Viola Baixo). O álbum foi antecipado pelos singles 'Canto Ainda Por Alguém' - produzido por Ricardo Ribeiro e com base no poema com o mesmo título, da autoria de Manuel de Andrade - e 'Sapatinhos' - com produção de AGIR e música e letra de CONAN OSIRIS.

Sérgio Onze começou a cantar aos seis anos. Venceu vários concursos nacionais - entre eles a Grande Noite do Fado, em 2003 -, estudou guitarra clássica no Conservatório de Setúbal porque a voz ainda não tinha amadurecido tanto como as suas ambições e aos 17 anos começa a viver de noite, nas Casas onde ainda se sente Fado. Passou pelas Jovens Vozes de Lisboa no São Carlos, atuou no Belém Art Fest e já pisou palcos como o Campo Pequeno, o CCB, o Salão Preto e Prata, o São Luiz, o São Jorge e o Tivoli. Internacionalmente, já fez espetáculos na Alemanha, França, Finlândia, Itália e Roménia. Em simultâneo, cultivou a sensibilidade artística na Faculdade de Belas Artes e explora a multidisciplinaridade da Moda enquanto stylist, concretizando uma elevada consciência conceptual e a exigência de um propósito em tudo o que faz.

Sérgio Onze não vem do Fado, não carrega um legado ancestral nem antepassados para honrar. O Fado foi, por isso, uma decisão. Uma escolha que pareceu intrínseca, natural, como se tivesse sido encontrado, ou nele se encontrasse. Como se só a noite, a vulnerabilidade e o espanto soubessem a casa. Começar a cantar desde cedo e construir-se em contacto direto com os grandes mestres fez com que se deslumbrasse por todos os mundos que cabem dentro do Fado tradicional. Com o Fado enquanto fim para um meio e uma voz profunda e retumbante, cheia de certezas mesmo quando só se pergunta, Sérgio Onze entrega-se ao precipício que é cantar sem deixar os pés em terra firme. Na viagem, leva-nos a todos com ele com tanta firmeza que, quando nos vemos de volta ao cais, temos o corpo virado do avesso e sentimo-nos, finalmente, inteiros.

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