sexta-feira, 18 de outubro de 2024

LUCA ARGEL LANÇA NOVO DISCO





















CONCERTOS DE APRESENTAÇÃO:
03 Novembro - 18H00
Salão Ático – Coliseu Porto Ageas

07 Novembro | 21h30
Auditório Nova Cultura UNL (Pólo de Campolide), Lisboa

Bilhetes e mais informações: https://lucaargel.com/

Hoje, dia 18 de outubro, é editado o novo álbum "Visita" de Luca Argel.

Neste novo trabalho o cantautor luso-brasileiro revisita, em novas versões, uma série de canções de álbuns anteriores, além de algumas parcerias que nunca tinham sido gravadas na sua voz e que, em "Visita", são editadas pela primeira vez.

"Lampedusa", "Anos Doze" e "Acanalhado", singles lançados nos últimos meses, foram abrindo caminho para o disco completo que fica hoje disponível em todas as plataformas digitais e em Vinil (LP).

"Visita" é composto por 10 canções nas quais Luca Argel dá voz a composições próprias e de outros autores, sempre ao som do piano de Pri Azevedo, que oferece arranjos únicos para este disco de celebração de um já longo percurso artístico entre o Brasil e Portugal.

O novo álbum "Visita" será apresentado, ao vivo, em novembro no Porto, cidade que acolheu Luca Argel quando se mudou para Portugal há mais de 10 anos, e em Lisboa.

No dia 3 de novembro, Luca Argel e Pri Azevedo sobem ao palco do Ático – Coliseu Porto Ageas e, poucos dias depois, no dia 7 de novembro, apresentam-se no Auditório Nova Cultura UNL (Pólo de Campolide), num concerto integrado no Ciclo Liberdade na NOVA que, ao longo de quatro meses, de Setembro a Dezembro, se dedica a explorar o legado do 25 de Abril na música em português e os diálogos entre música e liberdade no trabalho de artistas portugueses, brasileiros e africanos mais jovens com forte relação com a canção de intervenção.
Os bilhetes para ambos os espetáculos já estão disponíveis.

Este processo criativo de reinterpretação e (re)descoberta do seu repertório, levou Luca Argel a desenvolver um MiniDoc dividido em 5 partes que tem sido lançado nas plataformas digitais. Filmado durante as sessões de gravação do álbum, este MiniDoc revela ao público um pouco das histórias por detrás das canções e dos artistas Luca Argel e Pri Azevedo. Nenhuma visita estaria completa sem o lado humano.
 “Visitar” e “Ver” são palavras que têm a mesma origem no latim, onde significavam quase a mesma coisa. A diferença era a seguinte: enquanto ver é só ver, visitar é “ir ver”. E esse pequeno detalhe muda tudo. A gente pode até ver parado, mas para visitar é preciso se mexer. É preciso se deslocar. Sair daqui, ir até lá, e depois voltar.

Tenho visto o início do meu percurso na música cada vez mais distante. Daqui a pouco faz 10 anos que lancei o primeiro álbum. E ao olhar esse momento se afastar no tempo, senti vontade de ir até lá. Fazer uma visita. Reencontrar-me com momentos e com pessoas através das músicas. É que “Visita” não é só o ato de visitar, mas também a pessoa que o faz. Pode ser a ação e o sujeito. E eu próprio tenho dúvidas sobre quem é a visita e quem é o visitado nesse disco.

Será a Pri Azevedo, que escreveu e gravou os arranjos de teclas, a visitante que convidei para dentro do repertório? Ou será ela, como dona da linguagem que vestiu os temas, a anfitriã que me recebeu em seu universo sonoro? E os parceiros de composição? Praticamente todos os temas deste disco já tinham sido gravados por mim ou por eles. Ao voltar àquelas canções, terei ido resgatar memórias do passado? Ou recriá-las em voz e piano terá sido simplesmente convocar de novo os amigos para perto?

Não sei. Provavelmente as duas coisas. É que neste disco canta-se tanto o dono que perde o gato, quanto o gato que perde o dono. Aliás, esse gato da capa se parece um pouco com o gato da casa onde primeiro vivi quando cheguei em Portugal, o que também me traz muitas lembranças. Não tanto do gato, com quem eu não me dava, mas dos meus tempos no Porto. Não é por acaso que o fotógrafo desta capa, Bernardino Pires, dedicou uma vida a retratar o Porto do seu próprio tempo, a cidade como era no início do século passado. Descobri as fotos dele por acaso, e me apanhei deliciado em reconhecer nelas alguns prédios, algumas esquinas, alguma atmosfera que continua intacta, apesar dos tantos anos que passaram. E é mais ou menos isso o que eu sinto quando ouço este “Visita”.

- Luca Argel -  

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