Fábia Rebordão está de regresso com "Pontas Soltas", o seu 4º trabalho discográfico.
"Pontas Soltas" é uma humilde homenagem aos “mestres”. Um disco de união há muito sonhado, onde a cantora, finalmente, marca encontro com os seus heróis.
De Fausto Robalo Dias a Vinícius Moraes; de Sérgio Godinho a Chico Buarque; de Jorge Fernando a Renato Teixeira; de Carlos Conde a Paulo Mendonça e tantos outros.
"Pontas Soltas", agrega os sotaques cruzados e prova que a música tem o poder de embalar as palavras, sem as dividir, quer por sotaques ou pela cor dada às vogais.
Ela perdura como uma luz cuja intensidade transforma todas estas cores numa única só.
Fábia Rebordão tem como convidados: Ney Matogrosso em “A Nossa Guerra”; Renato Teixeira em” Romaria”; Zeca Baleiro em “Fado Tropical “e Custódio Castelo em “Saudades do Brasil em Portugal “.
"Um rosto esculpido e angular. Tem muitas leituras o rosto da Fábia. Tem a linhagem Rodrigues desenhado nele e a intensidade que está para além do que se vê.
Na Fábia gosto da forma como sabe ouvir, assimilar e depois, sobre tudo, pensar. Às vezes é ainda uma menina para logo se revelar uma mulher. Por isso há uma certa inocência que a cobre e uma determinação que já é de mulher.
A Fábia é uma lutadora. E nas canções também se revela essa batalha: as canções expandem-se na voz dela. Ganham terreno próprio, um terreno fértil que soma ao vivo quando a sua voz se alarga e estremece a plateia.
A Fábia é um diamante em bruto, delapidado nuns tons, selvagem quando não tem rede.
Esta mulher/menina tem tropicalismo na voz, tem fado na alma e até África no coração. Percebem o que isto quer dizer? Tem o melhor de muitos mundos num mundo que é só dela.”
Inês Meneses - Radialista/Autora
“Pontas soltas” – retrata e revela parte do universo musical em que cresci, tal como tantos outros portugueses da minha geração.
Cultivámo-nos entre Fausto e Vinícius; Sérgio Godinho e Chico Buarque; Jorge Fernando e Renato Teixeira; Carlos conde e Paulo Mendonça, entre tantos outros exemplos que poderia falar.
Ao ouvir-me cantar as suas artes, percebo que o que nos une é algo muito maior que o oceano que nos separa.
O sotaque da voz do Ney Matogrosso, do Zeca Baleiro e do Renato Teixeira , cruzado com o meu de Lisboa, prova que a música embala as palavras e não as divide por sotaques, nem pela cor dada às vogais.
Unidos pela música, a música que fazemos, perdura como uma luz cuja intensidade transforma todas estas cores numa única só cor."
Fabia Rebordão
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