domingo, 24 de maio de 2015

The Jack Shits + Psicotronics + Ghost Hunt - Salão Brazil (Coimbra) - 23/05/15














The Jack Shits
Uma entrada a pés juntos a dizer logo ao que vinham.
Debitar muito rock, com sabor a old garage e misturar tudo com muita entrega, foi a receita certa.
Os The Jack Shits têm o poder de nunca nos desiludir.
Quando vemos dois meninos em palco e uma menina a vibrarem com aquilo que fazem tão intensamente, a energia que brotam cola-se a nós.
Cada concerto é tão poderoso que nós quase ficamos tão cansados quanto eles.
Mas o bom rock quer-se assim: suado!
Final com um grande momento de "glória" na companhia de Victor Torpedo.
Quando é próximo concerto?!














Psicotronics
Isto é muito frique.
E de quem é a culpa?  Do Marquis Cha Cha, das suas vestimentas e da sua atitude em palco.
A seu lado Victor Torpedo na guitarra e Pedro Calhau no baixo e algumas guitarras.
O som emanado tem como base a eletrónica. Mas à conta do baixo e guitarra a coisa por vezes ganha contornos mais rock.
E para condimentar e apimentar a coisa a atitude é provocar. E resulta, que o povo adere.
Foi um concerto invulgar com um som que tem momentos que nos contagiam.
Valeu pela entregas dos três.














Ghost Hunt
Ao segundo concerto da sua vida, será que podemos afirmar que está aqui uma das grandes bandas do atual panorama da música portuguesa? Sim! Com toda a certeza. É que um som assim, não se encontra por aí ao virar da esquina.
E agora imagine-se quando estes dois tiverem mais quilómetros nas  pernas.
O som é eletrónico. Retro. O baixo dá-lhe corpo. Tem muito de krautrock. Algum psicadelismo. E aqui e ali batidas mais ácidas. Como dizia alguém um som muito cósmico.
Aqui não entram computadores. Estão  lá as máquinas em tempo real. Estão lá os teclados. E está lá um sintetizador korg daqueles que leva meia hora a aquecer as válvulas e que debita um som que nos arrepia a espinha.
Uma parafernália de equipamento que Pedro Oliveira domina na perfeição. E ele tem ainda tempo para brilhar na guitarra em algumas musicas.
E Chau, domina o baixo e encaixa-o na perfeição no resto do som, ajudando-o a ganhar massa muscular.
Foi intenso e surpreendente este concerto. Aida está tudo muito vivo em nós.
Foi um momento enorme de festa, com direito a muitos subirem no final ao palco para dançar a ultima musica.
Um aviso importante: não percam os Ghost Hunt por nada deste mundo ! E do outro...

Em noite de apresentação do Kamalhão Rock Fest, que acontece em inicio de julho, dizer que esta foi uma feliz junção de bandas, que mostra a vitalidade de um festival, que tem pernas para andar.

Texto & Fotos Nuno Ávila

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