Sem palavrões?!
Sim, Manuel João Vieira, ex-candidato à presidência, artista de plástico, vocalista dos Ena Pá 2000, Irmãos Catita, etc… desvela o seu abominável coração de atum neste primeiro trabalho a solo, só com originais.
“O Tempo das Andorinhas – Cantigas de dor de corno” é um belo disco sentimental, onde a ocasional beatitude e a bem portuguesa “dor de corno” se armam de ironia e absurdo, onde o típico macho latino perde o pé entoando odes ao eterno feminino, fazendo assim MJV uma breve pausa das obscenidades recorrentes do seu repertório. As canções foram gravadas à primeira, por milagre, com músicos dos Corações de Atum e do Quarteto 4444, instrumentistas do kornos Quartet.
Estão presentes temas como o “esquentamento” global e a terceira guerra mundial, contextualizando as mal paradas paixões dos cornúpedes apaixonados, como é o caso da canção “Cão Cadela”, onde a tentativa de sedução da bela da janela, amante de um concorrente do Big Brother, é apoiada no convite a visitar o abrigo nuclear do pobre tipo que só a consegue vislumbrar da rua. Algumas cantigas recordam tempos distantes, como “A Flor do Batatal”, tempos em que as raparigas provincianas iam procurar trabalho, por vezes pouco virtuoso à cidade. Acerca da paranoia amorosa, “Obsessão” canta um poema épico onde os malefícios da Humanidade embalam uma dança macabra no redemoinho da mente. Em “Mulheres que vão”, o tempo que passa sobre as antigas visitas coloridas, em “O Tempo das Andorinhas” o momento da partida (passado no 25 de Abril de 1974). “Qualquer coisa aconteceu” fala de um tipo que não compreende que só fez porcaria na sua relação e insiste em não o ver. Provavelmente, “No céu azul” é o único tema onde reina a felicidade bucólica e incondicional, felicidade que também conhece, de uma forma criminosa, o serial Killer que é o personagem de “Sótão”. Todas as outras canções são ou de amores impossíveis ou quase.
Um álbum para toda a família com a classe e a qualidade que caracterizam os arranjos do grande maestro Herberto Don Karalham.
Sim, Manuel João Vieira, ex-candidato à presidência, artista de plástico, vocalista dos Ena Pá 2000, Irmãos Catita, etc… desvela o seu abominável coração de atum neste primeiro trabalho a solo, só com originais.
“O Tempo das Andorinhas – Cantigas de dor de corno” é um belo disco sentimental, onde a ocasional beatitude e a bem portuguesa “dor de corno” se armam de ironia e absurdo, onde o típico macho latino perde o pé entoando odes ao eterno feminino, fazendo assim MJV uma breve pausa das obscenidades recorrentes do seu repertório. As canções foram gravadas à primeira, por milagre, com músicos dos Corações de Atum e do Quarteto 4444, instrumentistas do kornos Quartet.
Estão presentes temas como o “esquentamento” global e a terceira guerra mundial, contextualizando as mal paradas paixões dos cornúpedes apaixonados, como é o caso da canção “Cão Cadela”, onde a tentativa de sedução da bela da janela, amante de um concorrente do Big Brother, é apoiada no convite a visitar o abrigo nuclear do pobre tipo que só a consegue vislumbrar da rua. Algumas cantigas recordam tempos distantes, como “A Flor do Batatal”, tempos em que as raparigas provincianas iam procurar trabalho, por vezes pouco virtuoso à cidade. Acerca da paranoia amorosa, “Obsessão” canta um poema épico onde os malefícios da Humanidade embalam uma dança macabra no redemoinho da mente. Em “Mulheres que vão”, o tempo que passa sobre as antigas visitas coloridas, em “O Tempo das Andorinhas” o momento da partida (passado no 25 de Abril de 1974). “Qualquer coisa aconteceu” fala de um tipo que não compreende que só fez porcaria na sua relação e insiste em não o ver. Provavelmente, “No céu azul” é o único tema onde reina a felicidade bucólica e incondicional, felicidade que também conhece, de uma forma criminosa, o serial Killer que é o personagem de “Sótão”. Todas as outras canções são ou de amores impossíveis ou quase.
Um álbum para toda a família com a classe e a qualidade que caracterizam os arranjos do grande maestro Herberto Don Karalham.
Sem comentários:
Enviar um comentário