Sem fugirem muito da linha condutora que os orienta, os Dr. Zilch, apresentam neste seu segundo disco, um registo que se afasta uns milímetros do disco de estreia, “Artecore XXI”.
Os sons que polvilham este segundo cd, da banda de Nuno Fadigas, continuam a trazer incorporados muito daquilo que as bandas de metal melhor sabem fazer. O lado mais industrial da música dos Dr. Zilch continua ser uma constante. Continuamos igualmente, depois de ouvir este conjunto de músicas, sem saber muito bem em que prateleira arrumar o disco. Metal? Será isto metal? Um tema como “The Unspeakable Speechless Pain ” prova que este não é um disco de metal puro. No entanto a faixa 2, de nome “ Another Sucker”, diz-nos exactamente o contrário. Industrial? Será?! Pode até ser ao ouvirmos o tema “Suicide Now”. Como catalogar então este som? O que tocam os Marlyn Manson? Que música fazem uns Laibach, Young Gods ou Nine Inch Nails? David Bowie é referência assumida. Alice Cooper igualmente. O melhor mesmo é nem pensar o que chamar a esta música. Basta ouvir e tirar o maior prazer dela.
Mas então o que mudou? Em “Little Taste Of Hell Vol.1”, as guitarras ganham maior força, renegando os samplers para um segundo plano, só os deixando brilhar em algumas partes das músicas. Os temas trazem muitas vezes, refrões orelhudos, como no caso do single ”Games Of Wonder”. Este disco foi pensado de forma diferente. Foi construído de maneira a poder cativar o público. É mais frontal que “Artecore XXI”.
O mundo dos jogos de computador é uma referência assumida no cd. Basta olhar toda a parte gráfica. No entanto, a história de que se fala aqui, é da de Johnny, que nasceu num futuro não muito distante, numa cidade previsivelmente industrial Um rapaz que sonha formar um grupo de Rock. Um power trio influenciado por David Bowie. Conhecemos todas as dificuldades por que passa para conseguir gravar o seu primeiro disco. Será isto ficção ou realidade?
Estamos então perante um trabalho pensado no seu todo. Nada aqui é obra do acaso. Os Dr. Zilch tornam-se assim, numa banda que mesmo sabendo que aquilo que fazem não é cem por cento original, lutam por arranjar trunfos, que os possam fazer ganhar este difícil jogo.
“A Little Taste Hell Volume 1” cativa, pois não segue sempre o mesmo rumo ao longo dos 15 temas. É um disco de variações espertas. Agora é isto e dentro de minutos é aquilo. Alterna sons pesados com momentos de calma. Como se disse mistura o metal, o industrial, por vezes os ambientes góticos e até um excerto de hip hop, cantado em português, na faixa “World Fallin’ Down”.
Com este segundo disco os Dr. Zilch provam que são uma banda para a qual devemos olhar com respeito. Provam ter os olhos bem abertos. Tornam-se independentes, contornando o mercado discográfico a alta velocidade. Para trás ficam as grandes editoras. Sozinhos podem fazer melhor. Podem fazer o que querem.
E se o primeiro disco tinha temas mais difíceis, não há que ter medo de criar temas que nos fiquem na cabeça e nos ponham a boca a cantar.
É assim que se vendem discos. E se da outra vez o público alvo não absorveu tão bem a ideia dos Dr. Zilch, como num jogo de computador, o melhor é disparar em todas as direcções antes que apareça no ar a palavra game over.
Os sons que polvilham este segundo cd, da banda de Nuno Fadigas, continuam a trazer incorporados muito daquilo que as bandas de metal melhor sabem fazer. O lado mais industrial da música dos Dr. Zilch continua ser uma constante. Continuamos igualmente, depois de ouvir este conjunto de músicas, sem saber muito bem em que prateleira arrumar o disco. Metal? Será isto metal? Um tema como “The Unspeakable Speechless Pain ” prova que este não é um disco de metal puro. No entanto a faixa 2, de nome “ Another Sucker”, diz-nos exactamente o contrário. Industrial? Será?! Pode até ser ao ouvirmos o tema “Suicide Now”. Como catalogar então este som? O que tocam os Marlyn Manson? Que música fazem uns Laibach, Young Gods ou Nine Inch Nails? David Bowie é referência assumida. Alice Cooper igualmente. O melhor mesmo é nem pensar o que chamar a esta música. Basta ouvir e tirar o maior prazer dela.
Mas então o que mudou? Em “Little Taste Of Hell Vol.1”, as guitarras ganham maior força, renegando os samplers para um segundo plano, só os deixando brilhar em algumas partes das músicas. Os temas trazem muitas vezes, refrões orelhudos, como no caso do single ”Games Of Wonder”. Este disco foi pensado de forma diferente. Foi construído de maneira a poder cativar o público. É mais frontal que “Artecore XXI”.
O mundo dos jogos de computador é uma referência assumida no cd. Basta olhar toda a parte gráfica. No entanto, a história de que se fala aqui, é da de Johnny, que nasceu num futuro não muito distante, numa cidade previsivelmente industrial Um rapaz que sonha formar um grupo de Rock. Um power trio influenciado por David Bowie. Conhecemos todas as dificuldades por que passa para conseguir gravar o seu primeiro disco. Será isto ficção ou realidade?
Estamos então perante um trabalho pensado no seu todo. Nada aqui é obra do acaso. Os Dr. Zilch tornam-se assim, numa banda que mesmo sabendo que aquilo que fazem não é cem por cento original, lutam por arranjar trunfos, que os possam fazer ganhar este difícil jogo.
“A Little Taste Hell Volume 1” cativa, pois não segue sempre o mesmo rumo ao longo dos 15 temas. É um disco de variações espertas. Agora é isto e dentro de minutos é aquilo. Alterna sons pesados com momentos de calma. Como se disse mistura o metal, o industrial, por vezes os ambientes góticos e até um excerto de hip hop, cantado em português, na faixa “World Fallin’ Down”.
Com este segundo disco os Dr. Zilch provam que são uma banda para a qual devemos olhar com respeito. Provam ter os olhos bem abertos. Tornam-se independentes, contornando o mercado discográfico a alta velocidade. Para trás ficam as grandes editoras. Sozinhos podem fazer melhor. Podem fazer o que querem.
E se o primeiro disco tinha temas mais difíceis, não há que ter medo de criar temas que nos fiquem na cabeça e nos ponham a boca a cantar.
É assim que se vendem discos. E se da outra vez o público alvo não absorveu tão bem a ideia dos Dr. Zilch, como num jogo de computador, o melhor é disparar em todas as direcções antes que apareça no ar a palavra game over.
Nuno Ávila
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