sexta-feira, 9 de março de 2018

NOVO SINGLE DE BASSET HOUNDS














Os Basset Hounds preparam-se para lançar o seu segundo álbum de originais “II”, gravado nos Blacksheep Studios em Sintra e com edição prevista para 20 de Abril com o selo da Pontiaq.

Após edição do primeiro álbum, homónimo, em 2015, bem recebido pelo público e pela crítica e uma tour de apresentação que marcou presença nas principais salas do circuito indie português e em alguns dos mais conhecidos festivais de música do país, a banda de Lisboa, formada por Afonso Homem de Matos, António Vieira, José Francisco Martins e Miguel Nunes, promete com este novo disco continuar a desvendar novos horizontes no processo de composição musical mas mantendo-se sempre fiel às suas raízes, representadas pela sólida componente rítmica e pelo “chocalhar” das suas guitarras.

“Ouroboros” é o primeiro tema de avanço para este álbum – que aqui damos a conhecer – junto com o seu vídeoclipe. Esta primeira amostra do disco revela, musicalmente, um novo rumo na sonoridade da banda, num registo mais focado com uma secção rítmica sólida que dá estrutura aos arranjos pendulares das guitarras.
A música conta com a participação de Francisco Menezes no saxofone, antecipando um disco que extravasa a formação clássica da banda. O tema remete-nos para o simbolismo mitológico do título – carácter cíclico da existência, onde o antigo dá lugar ao novo nascendo novamente deste, reinventando-se e alimentando o seu próprio crescimento.
A modificabilidade das relações e os antagonismos inerentes ao ser humano representam, assim, uma transformação cíclica e permanente.

Mas este processo de transformação permanente acarreta em si medos e inseguranças e abala uma “aparente” tranquilidade instalada. No videoclipe, realizado por Francisca Sousa, filmado entre a Nazaré e a Costa da Caparica, os detalhes industriais perturbam a calma impedindo que o horizonte cresça e se perca de vista. Na procura do sossego que nem sempre encontramos no sítio onde estamos e com quem nos rodeia, a solução pode não estar onde habitualmente a procuramos.

Sem comentários: