Este Outono traz consigo o novo álbum dos Brass Wires Orchestra (BWO), o tão aguardado sucessor de "Cornerstone", o primeiro registo de originais do sexteto. A troca da folhagem e a mudança das cores tecem de forma perfeita o mote para esta transição de identidade musical.
"Icarus" chegará às lojas em Outubro e, apesar de explorar os mesmos instrumentos do trabalho anterior, fá-lo numa perspectiva de renovação, de profundidade e procura de novos sons e texturas originais.
O conto mitológico de Icarus foi a premissa para a mentalidade geral do grupo, antes de entrarem em estúdio: "fail big or go home". Produzido pelos BWO, o disco foi gravado por Makoto Yagyu e Fábio Jevelim nos estúdios HAUS.
O concerto de lançamento de "Icarus" em Lisboa está agendado para 16 de Novembro no Musicbox.
O primeiro single "Youth" é o estandarte deste disco e resume sucintamente a nova linguagem dos BWO. O tema faz uma radiografia social atacando a óbvia alienação que provém do abuso da tecnologia e redes sociais.
Numa actualidade de constantes estímulos perde-se a beleza das entrelinhas, a subtileza dos silêncios, o indivíduo gira em torno de si mesmo num círculo cada vez mais pequeno. A frivolidade, a superficialidade e "descartabilidade" seduzem as pessoas como uma candeia a uma traça, numa dança mortífera, armadilha gulosa. Com "Youth", "tentamos alertar para uma situação alarmante de desumanização, sensibilizando o nosso público para esta questão".
O video oficial, realizado por Filipe Correia dos Santos, consegue retratar de forma inteligente a letra da canção. O filme roda à volta do protagonista José Mata e da sua busca interior. A acção mostra um libertar de convenções impostas e de estereótipos, o sair da sua bolha para entrar numa situação desconhecida ou esquecida, a estranha e libertadora sensação de se sentir genuíno.
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