Everyday 29 - Ave azul do sul
Há várias camadas espaciais em ave azul do sul. Uma camada exterior em expansão constante e depois outras subcamadas que também se vão expandindo. A surpresa surge lá mais para o meio da peça, quando a voz desdobrada em duas envolve o núcleo silencioso da canção. No ecrã, os raios de sol que furam pelos buracos do estore despenham-se contra as doze lentes que em múltiplas camadas fazem a objectiva da câmara funcionar. Os artefactos gerados pela luz reflectida fazem-nos lembrar as luas de Júpiter, perfeitamente alinhadas num segmento de recta. Nesse momento, as partículas de pó, excitadas pelas notas fortes no piano, brilham e dançam magistralmente. Dão-nos saudades do interior do Camões e das leves bailarinas, iluminadas pelos sons que emanam da orquestra escondida no fosso.
Everyday 28 - Desocupa
Rede
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