segunda-feira, 7 de novembro de 2022

E.se LANÇA SEGUNDO DISCO





















Carlos Alves, rapper almadense, mune-se de artistas como AZAR AZAR, João Tamura, Luca Argel, Maze, Silly e Virtus para assinalar o seu disco mais diversificado.

“Mangrove” é o segundo longa-duração de E.se editado a 6 de Novembro de 2022 e lançado pela Produções Hipotéticas. É um disco de resistência e o nome é inspirado nas árvores de mangal que estabelecem raízes num meio inóspito e crescem onde menos se espera. “Mangrove” é fruto da vontade de fazer música independente, de seguir o instinto.

É um álbum de Rap onde as influências de Jazz, RnB e Electrónica são evidentes, assim como a afirmação de E.se enquanto artista emergente da música nacional, cada vez menos balizado num género e capaz de gingar com os seus versos entre melodias díspares. São 12 faixas com créditos de produção nacional como AZAR AZAR, NED FLANGER, Johnny Virtus, Franklin Beats e PEDRA e com arranjos de saxofone adicionais por Samuel Silva (Expensive Soul e Marta Ren). Conta ainda com participações vocais de Maze (Dealema), João Tamura, Auge, Silly e Luca Argel.

O primeiro avanço do disco foi “Reflexos, surf e tantas outras coisas” (prod. AZAR AZAR), seguindo-se “Rosas” feat. João Tamura (prod. NED FLANGER) e mais recentemente, a 21 de outubro, saiu o single “Estranha Forma de Vida” feat. Silly e Luca Argel (prod. Franklin Beats).

E.se é o nome artístico de Carlos Alves, músico e compositor de Almada (e médico nas horas “não-livres”). O nome que se lê – E se – representa a aceitação com que o artista encarou os pensamentos negativos e hipotéticos, típicos de uma mente ansiosa, e os desconstruiu na escrita e música, conhecendo-se e reconhecendo que onde há sombra, há luz.

Tendo nascido em 91 e crescido na Margem Sul, o Hip-Hop e a cultura urbana desde cedo se enraizaram como uma forma de expressão livre, inclusiva e por isso cativante. E apesar da música ter um papel central desde que se recorda de prestar atenção a si próprio, foram as dores de crescimento do início da vida adulta e a pressão gerada por uma profissão exigente, que o incitaram a compor, num método de escape à ansiedade, ao medo e frustrações de uma rotina dura e crua.A 10 de Março de 2021 apresentou-se com “Serotonina”, disco composto por 14 faixas e editado independentemente pela Produções Hipotéticas. Com singles como “Casulo”, “Serotonina”, “Estocolmo” ft. João Tamura e “F de Força na Insegurança” é um disco de introspeção, onde o artista expõe as suas fragilidades, narra as suas descidas, e como se apercebeu que também nelas podem haver subidas.

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