quinta-feira, 4 de julho de 2024

VEM AÍ A NOITE DA RAPOSA













Lembramos que se aproxima, já este sábado dia 6 de Julho, a nona Noite da Raposa, o nosso espaço de incerta periodicidade para promover a imersão e o desafio com nomes que vão dando à costa nas electrónicas e além: dois palcos na Sala Oficina da ADAO, concertos curtos e quase sem pausas que se vão revezando.

Aproveitamos para apresentar mais aprofundadamente os artistas que tocam nesta edição:

Guilherme Curado trabalha entre meios, cruzando vídeo e som com 3D, construindo paisagens utópicas virtuais. A imaterialidade, a fluidez, as reflexões, em diálogo com o corpo e a identidade, servem de ponto de partida para a reflexão sobre a experiência contemporânea. Na sua prática sonora, concentra-se na criação de ambientes oníricos, utilizando-os como ferramentas para escape da realidade.

“ja dizia o outro, é só canções. é cuspo no prato. não tem nada que saber. mão de obra gratuita, só custa o coração. palavras arrumadas e mão fechada de antemão. cair do pedestal. afundar no abismo do absurdo da contemporaneidade do sujeito do colectivo que foi incutido desde o dente de leite. ali ao fundo, isso é símbolo ou praga? e aqui ao perto, isto é fixe ou é nada? mais vale dor de dente que calafrio na barriga. quem sou eu que sou tu que não sou eu. deixar cair o véu que encobre o encoberto. nada somos, somos ninguém, somos engano. evaporar. transfigurar. tornar-me-se-nos. desbravar caminho. fazer calos nos dedos. mais vale sem deus do que sem dentes. nada importa, tudo interessa. agora, não depois. que depois já não é agora. ansiedade, cobardia à paisana, são tudo boas fatiotas. já dizia o outro, mais vale sem dentes do que sem deus. aprender é só para os que já sabem. dedos refletores. a vida é bue de cenas. a paz protege os audazes, e nós nada sabemos fazer”.

Carolina Miragaia apresenta-se pela primeira vez ao vivo com este nome. A sua obra divide-se em dois registos distintos: de um lado, canções dançáveis, que tanto bebem do hyperpop, como de outros géneros electrónicos solarengos e de rotações mais aceleradas; e por outro, uma abordagem mais experimental e ambiental, como a que se encontra presente no seu recente projeto ‘exobiological’. Curiosos para descobrir o que preparou para nós, na próxima Noite da Raposa.

_rena é a manifestação sonora da carta da Torre. Acompanhado pelas suas Tainhas da Noite, é um nevão narcótico dado ao vampirismo. Choradeira pós-punk, bebedeira distorcida, velocidade estonteante. Notícias tristes na fila para o multibanco. Supergrupo da cidade, que vai ter a sua estreia ao vivo no próximo sábado, na ADAO.

Van Der teve o seu primeiro contacto com a música eletrónica através do Kuduro, House e Techno, expandindo o seu interesse pelas ramificações deste último. Adotando uma abordagem interdisciplinar, tem colaborado com projetos expositivos, instalações sonoras e criado música para a pista de dança. Os seus lançamentos têm o selo de diversas editoras, tanto na Europa como no Brasil. Após fazer parte do coletivo REIF e trabalhar na loja de sintetizadores Patch Point, é co-responsável pela programação do Arroz Estúdios, co-fundador do coletivo Escuro e curador da Subséries na Rádio Quântica.

Músico, produtor e DJ português, no ativo desde 2016, TOMÉ destaca-se pela diversidade estética dos seus lançamentos, que abrangem desde footwork e jungle até ambient e canção, sempre com um forte centro emocional. A sua música tem sido lançada por editoras de referência como Rotten Fresh, ANGEL e Fera Felina, e conta com colaborações variadas (Bejaflor, Farpas, Maria Reis), além da sua presença na Rádio Quântica e na plataforma de música experimental Música Vulcânica. Este sábado, apresenta-se como DJ, na ADAO.

Para além dos links anexados às imagens de artistas, podem também espreitar uma mix que inclui temas deste alinhamento na nossa mais recente emissão para a Rádio Quântica. Os bilhetes, ao preço de 7€ / 3.5€ sub-25, estão à venda através da BOL e lojas associadas.

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