terça-feira, 8 de setembro de 2020

SALÃO BRAZIL SAI FORA DE PORTAS









Sáb, 12 set, 18h30 - Jardins do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha
Marcelo dos Reis & Miguel Falcão

Com projetos como Chamber 4, Fail Better! e Pedra Contida, por um lado, e com seu trabalho a solo ou o duo com Angélica Salvi, por outro, Marcelo dos Reis tem vindo a assumir-se como uma das principais figuras da música improvisada nacional, fazendo parte de um lote de músicos muito restrito cuja obra é seguida com especial interesse pela crítica especializada internacional.

Miguel Falcão participou em projetos tão distintos como Nássi Barbatão, M’as Foice, Mortuary, Baladas Bailadas, Cool Train Trio ou Caffeine, para nomear apenas alguns. Difícil de engavetar, Falcão interessa-se tanto pela música búlgara quanto pelo rock progressivo, não ficando somente por aqui… A música livremente improvisada tem sido um dos focos da sua atenção na última década.

 Sendo ambos professores na Academia de Música do Centro Norton de Matos, não era de estranhar que o encontro se produzisse, mais dia menos dia. A estreia em duo aconteceu em fevereiro deste ano e os resultados ditaram a sua continuidade.

Bilhetes disponíveis em bol.pt, nas lojas parceiras ou através de reserva via salaobrazil@gmail.com
Lotação limitada.

Dom, 13 set, 18h30 - Jardins do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha
Luís Severo (com banda)

Luís Severo está de volta aos palcos em formato banda.

 Com apenas dois LP's editados - o independente e bem recebido “Cara d’Anjo” (2015, Gente Records) e o aclamado “Luís Severo” (2017, Cuca Monga/Sony Music) - Luís Severo era já um dos cantautores de canções mais consensuais da sua geração. Desde a edição do disco homónimo na primavera de 2017 percorreu Portugal sozinho até ao verão de 2018, no qual passou pelos principais festivais em formato banda.

Em Maio de 2019 lançou integralmente e sem qualquer aviso “O Sol Voltou”, outra vez pela Cuca Monga em parceria com a Sony Music Portugal. O terceiro disco chegou com o choque concordante entre o acústico e o electrónico, contendas conciliantes líricas e pleno de contrastes imagéticos, fazendo Luís Severo afastar-se do que já por si foi feito sem nunca perder o centro que o particulariza.

Depois e quase um ano a apresentar “O Sol Voltou” com um formato arrojadamente solitário, Luís Severo volta a reunir a banda - Diogo Rodrigues, Bernardo Álvares e Catarina Branco (que substitui Manuel Palha), dando às suas músicas uma textura mais próxima das que tão aprimoradamente produz em estúdio.

Espetáculo perto de esgotar. Bilhetes apenas por reserva via salaobrazil@gmail.com
Lotação limitada.
  
Sáb, 19 set, 18h30 - Jardins do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha
The Twist Connection

O novo álbum dos conimbricenses The Twist Connection tomou forma em dois espaços e momentos diferentes. Nos Serra Vista Studios, em pleno Verão e com a co-produção do Sr. Boz Boorer - lendário mestre do rockabilly, director musical e guitarrista de Morrisey há trinta anos e dono de um curriculum vitae onde sobressaem nomes como David Bowie, Siouxie ou Edwin Collins – foi gravado um primeiro conjunto de canções que conta com a participação especial de Raquel Ralha, voz em destaque em 3 temas.

No Inverno, as sessões decorreram nos Black Sheep Studios, em Sintra. Takes directos, poucos ou nenhuns overdubs. Voz, guitarra, baixo e bateria. Franco e espontâneo. Estes momentos de gravação encaixam sem dificuldade, assentando ambos coordenadas numa visão do rock’n’roll que não cede a tendências ou modas e que assume, cada vez mais, uma idiossincrasia clara: os The Twist Connection soam a eles mesmos e a mais ninguém, enquanto cruzam influências que não se restringem nunca a uma dimensão limitada do rock’n’roll mas que, isso sim, vão beber a todos os momentos da sua história, desde os anos 50 até ao futuro presente em 2020.
 
Numa leitura simples, “Is that real?” é a pergunta que atravessa grande parte do álbum, a dúvida permanente - porventura existencial! - perante a realidade actual. Vivemos tempos complexos: os discursos baseados na mentira, a desonestidade intelectual de muitos, a miséria de outros, as nossas angústias… o que se esconde atrás das máscaras daquilo e daqueles que nos rodeiam? E o que escondemos nós com as nossas?

Is that real? Make your own way!!!

Bilhetes disponíveis em bol.pt, nas lojas parceiras ou através de reserva via salaobrazil@gmail.com

Lotação limitada.

Dom, 20 set, 18h30 - Jardins do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha
Ricardo Toscano & Gabriel Ferrandini

O desenvolvimento geral do país nas últimas décadas permitiu condições de partida para a nova geração do jazz e da música improvisada portuguesa substancialmente diferentes daquelas que as anteriores gerações gozaram. Porém, as transformações no plano material nem sempre foram acompanhadas no plano simbólico.

Embora o Jazz (e os seus arredores) sempre tenham sido terreno fértil para cruzamentos vários, as correntes mais tradicionalistas sempre viram com maus olhos a partilha de espaço e experiências com as abordagens ligadas ao free jazz e à livre improvisação de recorte europeu. Por outro lado, as correntes que se assumiam “da vanguarda”, garantiram a sua sobrevivência reforçando um certo isolamento em torno de círculos fechados de like-minded people.

O encontro entre estes dois músicos, duas figuras cimeiras do Jazz e das músicas improvisadas feitas em Portugal, é o símbolo mais visível de uma realidade emergente e que, de certa forma, já tinha alguns antecedentes.

Os músicos da nova geração não aceitam facilmente práticas conservadoras e estão conscientes que, para encontrarem novos rumos terão de conseguir navegar livremente pelas diferentes tradições. E é precisamente isso que Ferrandini e Toscano fazem. No final, o que importa é onde se chega e não de onde se parte!

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Lotação limitada.

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