CAPICUA, FILIPE RAPOSO, MANUELA AZEVEDO, SAMUEL ÚRIA E TÓ TRIPS SÃO OS CONVIDADOS
23 MARÇO 2022 | 21H30
A estreia de Sérgio Godinho em nome próprio no Campo Pequeno no próximo dia 23 de Março está esgotada. A sala lisboeta vai celebrar com o "escritor de canções" e convidados, a abertura da programação "Abril em Lisboa" e, motivo principal, a passagem da barreira de 48 anos em democracia.
O convite partiu da Câmara Municipal de Lisboa e da EGEAC, a passagem de quinquagésimo aniversário da edição de "Os Sobreviventes", o primeiro álbum de Sérgio Godinho, justificaram-no. Em dia de festa, um espectáculo inédito e de celebração da liberdade - com Sérgio, Capicua, Manuela Azevedo, Samuel Úria, os instrumentistas Filipe Raposo e Tó Trips, e os "inevitáveis" Assessores dirigidos por Nuno Rafael.
Para os mais atentos, Sérgio Godinho faz questão de nunca anunciar os seus alinhamentos em antecipação, ainda assim é seguro "adivinhar" que "Liberdade", "O primeiro dia", "O coro das velhas" ou "Grão da mesma mó", farão parte do repertório da noite. Ou que as parcerias prometerão versões únicas de "O elixir da etermna Juventude", "Espectáculo" ou "Maré Alta". O que será mesmo um segredo cúmplice com os que se deslocarem ao Campo Pequeno, os momentos inéditos de evocação de velhos companheiros ou até a usurpação de canções dos seus admirados convidados. Apenas uma inconfidência, a "Lisboa que amanhece" será também Mulata...
"O que me ocorre, quando penso que vou estar no Campo Pequeno no dia 23?
Lisboa, desde logo. A minha familiaridade com esta cidade fez-se também com a vivência das suas salas de espectáculos, uma a uma vibrante e cúmplice. Os seus públicos sabem, e levaram com eles o que me tinham dado a mim.
E agora o Campo Pequeno. Tinha-o já habitado, de casa repartida com os meus companheiros dos Três Cantos. Mas desta primeira vez, em nome próprio. Sim. Porém, mais importante, em nome próprio repartido. Porque o distribuo pelos ilustres convidados, que acharam por bem comparecer – a Ana, o Filipe, a Manuela, o Samuel e o Tó. An offer you can’t refuse, pensaram. Fico feliz.
Eles serão o esteio da diversidade da música que partilho e admiro – cruzando os nossos territórios e referências. Espero já o que é já bom.
Por fim, os meus inevitáveis Assessores, que moldam e activam o chão onde iremos pousar. A nossa cumplicidade não tem já nome.
E, mais largo que tudo isto, a comemoração de um momento importante da nossa luta comum pela liberdade. Uma pedra plantada ao alto no chão, assinalando uma data da história. 48-48. Quarenta e oito aos de fascismo, quarenta e oito de democracia. Abril de 74. Está passado o cabo. Pode não querer dizer nada, mas diz tudo."
Sérgio Godinho, Março 2022
Lisboa, desde logo. A minha familiaridade com esta cidade fez-se também com a vivência das suas salas de espectáculos, uma a uma vibrante e cúmplice. Os seus públicos sabem, e levaram com eles o que me tinham dado a mim.
E agora o Campo Pequeno. Tinha-o já habitado, de casa repartida com os meus companheiros dos Três Cantos. Mas desta primeira vez, em nome próprio. Sim. Porém, mais importante, em nome próprio repartido. Porque o distribuo pelos ilustres convidados, que acharam por bem comparecer – a Ana, o Filipe, a Manuela, o Samuel e o Tó. An offer you can’t refuse, pensaram. Fico feliz.
Eles serão o esteio da diversidade da música que partilho e admiro – cruzando os nossos territórios e referências. Espero já o que é já bom.
Por fim, os meus inevitáveis Assessores, que moldam e activam o chão onde iremos pousar. A nossa cumplicidade não tem já nome.
E, mais largo que tudo isto, a comemoração de um momento importante da nossa luta comum pela liberdade. Uma pedra plantada ao alto no chão, assinalando uma data da história. 48-48. Quarenta e oito aos de fascismo, quarenta e oito de democracia. Abril de 74. Está passado o cabo. Pode não querer dizer nada, mas diz tudo."
Sérgio Godinho, Março 2022
Também na edições discográficas os 50 anos de "Os Sobreviventes" são celebrados - na passada 6ª feira foi revelado o primeiro tema de "SG Gigante", o projecto curado por Capicua e que junta nomes da cena do hip hop e da electrónica em torno da música de Ségio Godinho.
A abertura coube a NERVE, Keso e Russa para uma releitura de "Que força é essa", canção maior da obra de Sérgio, incluída precisamente no seu primeiro disco de originais. Outros se seguirão até 22 de Abril, momento em que será publicado o vinil com os seis temas que integram este "SG Gigante". A produção gráfica e vídeo é da responsabilidade de João Pombeiro.
A abertura coube a NERVE, Keso e Russa para uma releitura de "Que força é essa", canção maior da obra de Sérgio, incluída precisamente no seu primeiro disco de originais. Outros se seguirão até 22 de Abril, momento em que será publicado o vinil com os seis temas que integram este "SG Gigante". A produção gráfica e vídeo é da responsabilidade de João Pombeiro.
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