Ninguém se calou, depois de apresentado o programa deste ano da Queima das Fitas. Onde estão as bandas estrangeiras? Quem são os Wipeout que abrem o palco um? Bom felizmente temos o Palco RUC onde tocam bandas que deveriam era estar no outro palco.
Falou-se que o público iria aparecer em menor número e de facto a previsão tornou-se realidade. Safou-se a noite de sábado, onde depois de um episódio quase novelesco, tocaram os Lamb.
Na primeira noite, os jornalistas voltaram a sofrer na pele a total falta de organização por parte dos responsaveis de imprensa, gente que já faz este trabalho há alguns anos. A malta da RUC que ia trabalhar acabou por entrar à papo seco e o colega da Antena 3, rádio oficial da Queima, só consegui entrar perto das 3 da manhã com um convite pontual. Na zona de imprensa as gargantas ficavam secas com o pó que se levantava no ar. Nem uma garrafa de água havia na primeira noite… Depois parece que as coisas melhoraram. Mas nem uma Sagres foi dada a provar, a quem tem como missão escrever ou falar sobre a festa que eles organizam. Tinham medo que ficassemos alegres e as teclas do computador ou a voz debitassem palavras menos próprias. Aqui têm o resultado…
Depois de entrarmos no recinto verificámos que a casa estava arrumada de outra maneira. Duas tendas gigantes acolhiam no seu interior inúmeras barracas prontas a matar a sede. O palco RUC ficava este ano ao fundo do parque tentando fugir do som despejado por inúmeras colunas espalhadas ao longo do recinto. Esperemos que a futura comissão central siga este conceito. Assim ficamos todos a ganhar, muito em especial as bandas do palco RUC.
Sem se perceber muito bem porquê as bandas de abertura do palco principal, excluindo a da primeira noite onde acontecem sempre atrasos, foram obrigadas a tocar perto das 22h45. Segunda-feira os Wipeout iniciaram a sua actuação tinham as portas acabado de abrir. Será que ainda ninguém reparou que a “sala” começa a ficar composta já a cabra bateu as 12 badaladas.
Assim ficou provado, que será preferivel ser primeira banda no palco RUC, onde os concertos começam a horas decentes, do que abrir o palco 1 e tocar para meia duzia de gatos pingados. Ricardo, vocalista dos Loto, que o ano passado pisou o palco 1, confidenciava no final da sua actuação que preferia pagar para tocar no palco RUC, do que receber para abrir o principal.
Se tentarmos agora relembrar os 8 dias de festa e recordar alguns dos grupos que passaram pela Praça da Canção, os que nos saltam à memória são alguns dos que pisaram o palco RUC. Foi por aqui que passaram as bandas mais inovadoras. Ao palco RUC subiram artistas com mais carreira do que algumas bandas que abriram no outro palco. Muitas vezes ficou no ar a ideia de que eram mais as pessoas na tenda RUC do que a ver bandas no palco principal.
Foi de facto uma aposta ganha o Palco RUC. Parabéns ao Hugo Ferreira. Em 7 horas fizeste melhor trabalho que a comissão central em meses de esforço.
Já lá vai esta Queima. Espera-se que para o ano tudo volte a ser diferente para melhor. Agora é tempo de analisar o que correu pior e pensar em como mudar o rumo das coisas.
É verdade, já quase me esquecia que para o ano a malta que organiza a Queima das Fitas será substancialmente diferente da deste ano…
PALCO 1
Apostas ganhas:
Clã, Gomo, Mesa
Grande desilisão:
Rádio Macau, Wipeout
Como o palco RUC, chamava por nós, e no dia seguinte tinhamos de picar o ponto ás 9h00, foram poucos os concertos vistos no palco principal.
PALCO RUC
Apostas mais que ganhas:
Dealema, Terrakota, Sloppy Joe, Zen, Loto, Bunnyranch
Apostas ganhas.
Bypass, Ölga, The All Star Project, Stowaways
A cumprir bem o papel:
Fat Freddy, Speeding Bullets, The Reg’s Time, The Ex-Lover Sex
Desilusão:
Hipnótica, D3ö, Houdini Blues, Vicious Five
Nuno Ávila
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