No dia da criança, os d3ö subiram ao terraço da Assossiação Académica de Coimbra para mostrar ao povo o novo “8 Tracks On Red”. Não eram muitos os que do lado esquerdo de quem sobe a Rua Padre António Vieira, se juntaram para ver a banda de Toni, Tó Rui e Miguel. As mesmas caras de sempre. Por momentos havia quem parasse para ver o que se passava e logo partia perante a estranhesa de tal acontecimento.
Os músicos não se deixaram intimidar. Toni exclamava que nunca tinha estado num palco tão alto. E eu que por dever ía fazendo viagens entre o estúdio principal da RUC e a sala de redacção, assisti ao concerto ao pé da porta que dá para o terraço quase ao lado dos artistas. Tive da rua a mesma perspectiva que eles.
Tinha visto a banda pela última vez no palco RUC, na Queima das Fitas. Nessa altura achei o concerto muito apagado, quase igual ao que tinham dado no ano anterior. Hoje, o Miguel, baterista da banda, explicou-me que esse tinha sido um dos piores concertos da banda, derivado ao som, que só atrapalhou a actuação.
A prestação de hoje iniciou-se igualmente com alguns problemas, que atempadamente foram resolvidos, de forma a deixar a banda mais solta para poder brilhar. E os d3ö desta vez voltaram aos grandes concertos. Puro rock com muita adrenalina, e gotas de suor a pingar pelos corpos, acabando os três músicos em tronco nu.
Pelo ar e pelo éter o rock de guitarras sujas (sim aqui não existe quem toque baixo), crivado de blues e billy ia animando o final de tarde.
Estiveram em grande. Mostraram mais uma vez ao povo, com que cordas de guitarra, se constroi o som da banda. Mas atenção, que aqui a bateria tem também algo de importante a dizer. Marca ritmos quase fora do tempo, que tornam ainda maia invulgar e apetecivel este som.
Desta vez deixaram ficar a certeza de que em Coimbra o rock que se consome é puro e não admite adulterações, apenas misturas. No entanto, não causa nenhuma ressaca…
PS. Ver o que os d3ö tocaram no alinhamento do programa.
Nuno Ávila
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