Negro. Este som é negro. É rock. É gótico. Os TheDead Poets provam assim, desta maneira, que a música gótica ainda está bem viva em Portugal.
Ao contrário de muitas bandas, a música dos The Dead Poets não se deixa influenciar pelo som criado nos anos 80. A banda, bebe tudo o que aprendeu, no anos 90, no rock-gótico criado em países europeus como a Alemanha, França, Inglaterra ou Itália.
A voz que se escuta é a maior prova disso. Ao contrário dos grandes ídolos dos anos 80 - Sisters Of Mercy e Fields Of The Nephilim - aqui as palavras saiem de uma voz limpa. Aquele registo mais cavernoso, que continua muitas vezes a servir para pôr a uma banda o rótulo de gótica, é aqui posto de lado. E isto faz toda a diferença, dando à banda um toque mais original, se é que isto que escutamos é original? Pouco importa… É amor à primeira vista. Gosta-se e pronto!…
Nesta sua primeira amostra, os The Dead Poets servem-nos três temas bastante diferentes. “Forever, está impregnado de guitarras rock, apresentando uma batida que nos arrebata, pondo-nos a cantar o refrão durante horas a fio. O segundo tema de nome “And In Death Sustain”, mais lento que o anterior, mostra uns The Dead Poets mais introspectivos, criando um som planante, que por vezes abre tentando deixar entrar o sol. Por fim, chega a balada “For The Last Time”, ainda mais lenta que os anteriores temas. O piano invade o ar, durante quase todo o tempo, cruzando-se com uma voz sofrida, que no fim se baralha com uma guitarra a solar desesperada.
Será que devo escrever mais? Não! Apenas voz digo para procurarem estes três temas em www.necrosymphonic.com e provarem com os vossos próprios ouvidos a qualidade que lhes está na pele.
Pois é, a verdade é que afinal ainda nem todos os poetas estão mortos. Na música acabaram de nascer uns The Dead Poets que esperamos vivam por muitos anos.
Nuno Ávila
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