Felizmente que ainda existem discos assim. Grandes. Felizmente que ainda existem bandas assim. Com vontade de serem diferentes.
Tendo que escolher uma palavra para caracterizar o primeiro disco dos Lupanar, é obrigatório abrir o dicionário no termo original.
Em 13 temas os Lupanar misturam a pop, o tradicional, o jazz e a experimentação. Tudo nas doses certas.
Como escrevi atrás, eles são originais. Pelo simples facto de que por estes lados não há muitas bandas a seguir estes caminhos. Pelo simples facto de saberem muito bem disfarçar as suas inúmeras referências. O tema “Beijo Frito” lembra uns Coty Cream de “Música Comercial”. “Contrabasse” bebe muito no jazz de Maria João. “Escapa-nos O Tempo” tem muito do tradicional dos Gaiteiros de Lisboa. “Éstufado?” traz à memória os Mler Ife Dada.
Mas apesar de tudo isto, eles conseguem ser diferentes. Não escrevem canções em linha recta. Apresentam pedaços de música com vários sabores servidos num mesmo prato. Por exemplo o referido “Beijo Frito” começa por lembrar uns Coty Cream e acaba com os instrumentos e a voz a dar uma aula de experimentação. Cada tema traz-nos um leque variado de emoções. Cada tema tem escondido entre as suas notas muitas surpresas.
Este disco dos Lupar, é um excelente disco de ”Abertura”. Mostra uma banda madura, com um naipe de bons músicos, onde se destaca a voz invulgar de Ana Bacalau, muitas vezes utilizada como sendo mais um instrumento. E até na escolha dos instrumentos a banda foi muito feliz. O acordeão de Jean Peuckert e o contrabaixo de Zé Pedro Leitão são uma enorme mais valia para a banda, destacando-se em muitas partes do disco.
“Abertura” é um disco pensado no todo. Desde a bonita capa com ilustrações de Luís Miguel Gaspar, até à música onde se destaca a excelente produção dos Lupanar e de José Moz Carrapa. Por tudo isto e muito mais, é forçoso dizer que estamos perante um dos discos do ano. Bom, e ainda só estamos em Julho…
Se por ventura estranharem este disco à primeira audição, não tenham medo de o voltar a pôr a tocar. Este disco deve ser ouvido muitas vezes, pois a cada audição ele revela novos pormenores. E quando um disco é capaz de mexer connosco desta maneira, então é porque ele não é um disco qualquer.
“Abertura” não é um registo vulgar. Os Lupanar não são uma banda vulgar. Será que vai haver alguém de peso que acredite que o futuro da música portuguesa passa obrigatoriamente por aqui?! Ou será esta apenas, uma aposta dos Lupanar em si mesmos? Vamos todos fazer figas para que o futuro sorria de forma brilhante aos Lupanar. A música portuguesa merece…
Tendo que escolher uma palavra para caracterizar o primeiro disco dos Lupanar, é obrigatório abrir o dicionário no termo original.
Em 13 temas os Lupanar misturam a pop, o tradicional, o jazz e a experimentação. Tudo nas doses certas.
Como escrevi atrás, eles são originais. Pelo simples facto de que por estes lados não há muitas bandas a seguir estes caminhos. Pelo simples facto de saberem muito bem disfarçar as suas inúmeras referências. O tema “Beijo Frito” lembra uns Coty Cream de “Música Comercial”. “Contrabasse” bebe muito no jazz de Maria João. “Escapa-nos O Tempo” tem muito do tradicional dos Gaiteiros de Lisboa. “Éstufado?” traz à memória os Mler Ife Dada.
Mas apesar de tudo isto, eles conseguem ser diferentes. Não escrevem canções em linha recta. Apresentam pedaços de música com vários sabores servidos num mesmo prato. Por exemplo o referido “Beijo Frito” começa por lembrar uns Coty Cream e acaba com os instrumentos e a voz a dar uma aula de experimentação. Cada tema traz-nos um leque variado de emoções. Cada tema tem escondido entre as suas notas muitas surpresas.
Este disco dos Lupar, é um excelente disco de ”Abertura”. Mostra uma banda madura, com um naipe de bons músicos, onde se destaca a voz invulgar de Ana Bacalau, muitas vezes utilizada como sendo mais um instrumento. E até na escolha dos instrumentos a banda foi muito feliz. O acordeão de Jean Peuckert e o contrabaixo de Zé Pedro Leitão são uma enorme mais valia para a banda, destacando-se em muitas partes do disco.
“Abertura” é um disco pensado no todo. Desde a bonita capa com ilustrações de Luís Miguel Gaspar, até à música onde se destaca a excelente produção dos Lupanar e de José Moz Carrapa. Por tudo isto e muito mais, é forçoso dizer que estamos perante um dos discos do ano. Bom, e ainda só estamos em Julho…
Se por ventura estranharem este disco à primeira audição, não tenham medo de o voltar a pôr a tocar. Este disco deve ser ouvido muitas vezes, pois a cada audição ele revela novos pormenores. E quando um disco é capaz de mexer connosco desta maneira, então é porque ele não é um disco qualquer.
“Abertura” não é um registo vulgar. Os Lupanar não são uma banda vulgar. Será que vai haver alguém de peso que acredite que o futuro da música portuguesa passa obrigatoriamente por aqui?! Ou será esta apenas, uma aposta dos Lupanar em si mesmos? Vamos todos fazer figas para que o futuro sorria de forma brilhante aos Lupanar. A música portuguesa merece…
Nuno Ávila
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