Punk. Som nu e cru que bate no corpo e rasga a pele removendo as nossas entranhas. É difícil ficar indiferente. Os The Vicious Five causam mossa.
O tom mais low-fi da sua música e toda a parte gráfica deste cd dão um colorido mais do it yourself a esta obra. Tudo feito por medida. Veste bem. Fica a matar.
O som bebe inspiração no longínquo ano de 77, altura em que o punk começou a ganhar corpo e se fez homem. Corre depois em direcção aos anos 90 para meter conversa com os Fugazzi.
As guitarras debitam quilos de decibéis, enquanto a voz grita palavras de raiva. Os ritmos variam entrando a velocidade estonteante pelos nossos ouvidos. Quando uma música acaba já está logo outra a bater à porta do nosso cérebro. Não temos tempo para respirar. Quando chegamos ao final das 11 músicas damos conta que passou por nós um furacão. Mas não temos tempo para reparar os estragos pois o nosso dedo é puxado de novo para a tecla play.
Quando tentamos rever tudo de novo mais tarde, a primeira coisa que perguntamos, é porque é que isto aconteceu assim, apesar de estarmos prevenidos. Sim, porque quem conhece os The Vicious Five já sabe do que a casa gasta. Quanto aos outros, atenção redobrada.
A resposta até parece fácil. Não existem por estes lados muitos discos assim. Frontais. Encorpados. Não existem muitas bandas como esta. Honesta. Directa. Sem medo de criar canções que fogem ao normal., sem necessitarem de um refrão fácil para nos pôr a cantar.
Por tudo isto eles merecem muito mais que os 15 minutos de fama. E agora que “Up On The Walls” aí está, é tempo de deixar entrar os The Vicious Five para que em conjunto possamos fazer a revolução. Este país precisa de um abanão.
Por fim resta dar os parabéns à Loop:Recordings, uma editora dedicada ao hip hop e derivados, que começa aqui uma nova vida, percebendo que esta é também uma cultura que tem muito para dar.
Bolas, já não sei se sou eu. Transpiro. Ao longe ainda escuto os últimos acordes enviados pelos The Vicious Five. Querem meter-me num colete de forças. Não deixo.
Volto atrás e recomeço tudo de novo. No ar “Your Mouth Is a Guillotine” faz-se ouvir. Sinto-me feliz…
Nuno Ávila
O tom mais low-fi da sua música e toda a parte gráfica deste cd dão um colorido mais do it yourself a esta obra. Tudo feito por medida. Veste bem. Fica a matar.
O som bebe inspiração no longínquo ano de 77, altura em que o punk começou a ganhar corpo e se fez homem. Corre depois em direcção aos anos 90 para meter conversa com os Fugazzi.
As guitarras debitam quilos de decibéis, enquanto a voz grita palavras de raiva. Os ritmos variam entrando a velocidade estonteante pelos nossos ouvidos. Quando uma música acaba já está logo outra a bater à porta do nosso cérebro. Não temos tempo para respirar. Quando chegamos ao final das 11 músicas damos conta que passou por nós um furacão. Mas não temos tempo para reparar os estragos pois o nosso dedo é puxado de novo para a tecla play.
Quando tentamos rever tudo de novo mais tarde, a primeira coisa que perguntamos, é porque é que isto aconteceu assim, apesar de estarmos prevenidos. Sim, porque quem conhece os The Vicious Five já sabe do que a casa gasta. Quanto aos outros, atenção redobrada.
A resposta até parece fácil. Não existem por estes lados muitos discos assim. Frontais. Encorpados. Não existem muitas bandas como esta. Honesta. Directa. Sem medo de criar canções que fogem ao normal., sem necessitarem de um refrão fácil para nos pôr a cantar.
Por tudo isto eles merecem muito mais que os 15 minutos de fama. E agora que “Up On The Walls” aí está, é tempo de deixar entrar os The Vicious Five para que em conjunto possamos fazer a revolução. Este país precisa de um abanão.
Por fim resta dar os parabéns à Loop:Recordings, uma editora dedicada ao hip hop e derivados, que começa aqui uma nova vida, percebendo que esta é também uma cultura que tem muito para dar.
Bolas, já não sei se sou eu. Transpiro. Ao longe ainda escuto os últimos acordes enviados pelos The Vicious Five. Querem meter-me num colete de forças. Não deixo.
Volto atrás e recomeço tudo de novo. No ar “Your Mouth Is a Guillotine” faz-se ouvir. Sinto-me feliz…
Nuno Ávila
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