Foi uma final como há muito não se via no suado Teatro Sá da Bandeiraque transpirou (e já tantos o fizeram naquele espaço, por outras tão pouco ortodoxas razões) como nunca antes havia experimentado.
Um Teatro Sá da Bandeira a rebentar a camisola (1146 pessoas estiveram presentes, alguns ilegais como convém), 5 bandas dispostas atudo para vencerem aquela história, um convidado especial de peso que apresentava pela primeira vez ao vivo temas inéditos daquele que será (se o deixarem, bem entendido) um dos maiores álbuns do ano.
E assim, 5 bandas estiveram em palco: Sépia, Born a Lion, Inflow, OliveTree e Yesterday numa final que começou exactamente às 23 horas e 12 minutos, menos uma nos Açores, e sem Rui Reininho que invocando razões pessoais deu a vez a Álvaro Costa , famoso radialista e entertainer nacional que sem mais delongas se juntou a Marta Ren,vocalista dos Sloppy Joe e fez o que se viu. Uma cerimónia com o mesmo Glamour dos Óscares de Hollywood (mais até) , com a animação que lhes era exigida (mais até) e sobretudo com a capacidade de nunca, em caso algum, perderem a noção do ritmo e da responsabilidade inerente a um festival desta dimensão. 12 anos é muito, não acham?
Adivinhando a resposta, eis que se torna premente a divulgação dos resultados. E aqui, convém revelar para os menos atentos que quer nas eliminatórias ou na final, ganha sempre a banda que obtiver maior número de primeiros lugares por parte de júri. Em caso de empate, recorre-se ao maior número de segundos e assim sucessivamente.
Por isso, eis as contas de forma simples e facilmente compreensível:
1º Lugar – Yesterday ( 9 Primeiros Lugares + 1 segundo lugar)
2º Lugar – Olivetree ( 1 Primeiro Lugar + 6 segundos + 2 terceiros + 1 Quinto)
3º Lugar – Born a Lion ( 2 segundos + 3 terceiros + 4 quartos + 1 Quinto)
Em relação ao vencedor, tudo o que se sabemos é isto:
YESTERDAY
O projecto a solo YESTERDAY surge em 2001, pelas mãos de Pedro Augusto, como resultado de uma busca sonora para melhor representaruma fusão entre o antigo e o novo, entre o mais tradicional e uma linguagem mais universalmente aceite.
Esta busca acaba por ser um retrocesso ao passado, às origens: não à música propriamente dita, mas aos costumes.
A consequente tentativa de musicalização dos mesmos por parte deste projecto cria-lhe ambientes oscilatórios entre o cru acapella e o épico. Qual será o som que mais nos define? E porquê?As músicas que fazem parte da demo "Once Upon a Forest", inteiramente gravada em formato caseiro, já foram apresentadas em festivais como Fade In em Leiria ou em Las Vegas, USA, após selecção para o International Music Fest.
De momento a trabalhar em músicas para filmes, é sua ambição chegar cada vez mais a uma síntese sonora que expresse da maneira mais fiel e emotiva (o uso do silêncio, o recurso aos instrumentos tradicionais, o não usar instrumentos de todo) esta espécie de mistério atmosférico que reside não em nós, mas na Natureza.
Este é o seu contacto: Pedro Augusto - oiadf@hotmail.com
E assim, resta-nos desde já divulgar que esta foi a última edição em formato acústico, as bandas a partir deste ano podem tocar em qualquer formato e que a mesma organização do Festival Termómetro Unplugged prepara-se para reactivar o Festival 365 que não carbura há 5 anos e também de lançar a revista 365 justamente no dia da final do evento. Para os interessados em receberem um exemplar ao preço único de 2 euros basta que acedam ao site e façam a sua reserva. Este é o endereço: www.revista365.com
Fernando Alvim
(Dir. Festival Termómetro Unplugged)
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