3 em 1. Livro, CD e DVD. Como pano de fundo a escrita de Fernando Pessoa.
Depois da poesia de Al Berto, os Wordsong trabalham agora a palavra de Fernando Pessoa. Aquilo que parecia quase inatingível, falamos da poesia de Fernando Pessoa, é aqui trabalhada pelo colectivo Wordsong de forma sublime.
O primeiro passo foi escolher os textos. Depois colocar os mesmos sobre uma mesa de operações e com a maior delicadeza utilizar o bisturi recortando-os de forma a os tornar mais musicais. Ao desfolhar-mos o livro damos conta do trabalho minucioso efectuado pelos Wordsong, pois ao lado do texto original aparecem as palavras cantadas pela banda.
Quanto ao som que os Wordsong nos oferecem, ele continua a ser pop. Mas não uma pop qualquer. Esta pop tem um quê de dadista. Tem um cheiro a experimental. Por vezes é minimal.
Ao ouvir os 16 temas que fazem parte deste registo, ficamos com a ideia de que toda a escrita musical, foi feita de forma a não atropelar as palavras, umas vezes ditas outras cantadas. E assim som e texto vivem numa perfeita comunhão.
Se se virar o CD e colocar o DVD a rodar, encontramos nele 12 clips para 12 temas criados pela jovem Rita Sá. Imagens que trazem palavras. Uma leitura muito singular de Pessoa, que só peca por ser demasiado repetitiva. Contudo, não deixa de ser deslumbrante ver Pessoa assim retratado. Animação por vezes minimalista, muito experimental e cheia de cor.
Voltam ao activo em grande forma os Wordsong, apresentando um trabalho original. Pessoa no seu todo. Uma excelente forma de dar a conhecer o poeta às gentes mais jovens.
E assim desta forma, os Wordsong deveriam ser elevados à categoria de embaixadores culturais. Sim porque isto é cultura!… O disco pode ser cultura, mesmo que não venha agarrado a um livro (não é o caso, aqui).
Depois da poesia de Al Berto, os Wordsong trabalham agora a palavra de Fernando Pessoa. Aquilo que parecia quase inatingível, falamos da poesia de Fernando Pessoa, é aqui trabalhada pelo colectivo Wordsong de forma sublime.
O primeiro passo foi escolher os textos. Depois colocar os mesmos sobre uma mesa de operações e com a maior delicadeza utilizar o bisturi recortando-os de forma a os tornar mais musicais. Ao desfolhar-mos o livro damos conta do trabalho minucioso efectuado pelos Wordsong, pois ao lado do texto original aparecem as palavras cantadas pela banda.
Quanto ao som que os Wordsong nos oferecem, ele continua a ser pop. Mas não uma pop qualquer. Esta pop tem um quê de dadista. Tem um cheiro a experimental. Por vezes é minimal.
Ao ouvir os 16 temas que fazem parte deste registo, ficamos com a ideia de que toda a escrita musical, foi feita de forma a não atropelar as palavras, umas vezes ditas outras cantadas. E assim som e texto vivem numa perfeita comunhão.
Se se virar o CD e colocar o DVD a rodar, encontramos nele 12 clips para 12 temas criados pela jovem Rita Sá. Imagens que trazem palavras. Uma leitura muito singular de Pessoa, que só peca por ser demasiado repetitiva. Contudo, não deixa de ser deslumbrante ver Pessoa assim retratado. Animação por vezes minimalista, muito experimental e cheia de cor.
Voltam ao activo em grande forma os Wordsong, apresentando um trabalho original. Pessoa no seu todo. Uma excelente forma de dar a conhecer o poeta às gentes mais jovens.
E assim desta forma, os Wordsong deveriam ser elevados à categoria de embaixadores culturais. Sim porque isto é cultura!… O disco pode ser cultura, mesmo que não venha agarrado a um livro (não é o caso, aqui).
Nuno Ávila
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