Os Cool Hipnoise sempre criaram músicas a atirar para a pista de dança. As que fazem parte deste disco não fogem à regra. Conduzem o nosso corpo para uma qualquer discoteca em noite africana. Sim, porque este é o registo mais africano de toda a discografia dos Cool Hipnoise.
As vozes de Maga e Milton não escondem as suas origens dando um colorido bastante quente a este quadro. Depois, e apesar de todas as referências que sempre estiveram presentes na criação dos Cool Hipnoise, aqui o ritmo balanceado do calor africano sobressai.
Contudo, continuamos a encontrar por aqui pedaços de funk, de reggae, de hip hop e de música brasileira. Um cocktail bem misturado, que refresca o nosso espírito.
Em “Cool Hipnoise”, os sons mais dançáveis batem aos pontos os mais cool. “Kita Essa Dama” e “Dá-me Dá”, são dois momentos irresistíveis que nos fazem transpirar de prazer.
Com uma formação estabilizada, que assenta os seus alicerces em João Gomes, Tiago Santos e Francisco Rebelo, os Cool Hipnoise voltam passados alguns anos aos registos (pelo meio houve um best of), trazendo a público um disco que não sendo o seu melhor, bate aos pontos a concernência. Desde logo, porque estamos na presença de alguns dos melhores músicos da nossa praça. E isto é de longe uma qualidade que faz dos Coll Hipnoise uma das bandas de topo da cena musical lusa.
Para o fim a banda deixa um tema que surpreende. Nova versão de “Tudo a Nu”, em ritmo hip hop, com letra e vozes de Sam The Kid e Regula. E são de facto estes momentos que provam que os Cool Hipnoise têm ainda capacidade para se reinventar. Assim dá gosto ouvir os seus discos…
Por isso amigos, chamem o vossa dama, ponham o disco a tocar e curtam a noite até ser dia.
Nuno Ávila
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