NÃO HÁ FOME QUE NÃO DÊ EM FARTURA
Oito bandas a tocar no mesmo dia, é possível? Sim, num festival de verão. Agora imagine-se uma cidade, neste caso Coimbra, receber no mesmo dia, bandas que tocam blues, punk, rock-a-billy, rock, música popular e uma festa de hip hop, com gente dos Dealema. Tudo em locais diferentes. Alguns concertos à mesma hora. E ainda o Porto a jogar com o Sporting, na hora em que algumas bandas tocavam. Aconteceu dia 17 em Coimbra.
E Coimbra promete já, para o próximo dia 30 concerto de Ena Pá 2000 no Salão Brasil e de Capitão Fantasma no Ar D’ Rato Caffé. E não se vai ficar por aqui…
Estes são apenas alguns exemplos. Noutras cidades coisas destas por vezes acontecem. Basta ir vendo a programação regular de alguns bares.
Falta de coordenação? Sim e não. Sim, porque muitas vezes mesmo sabendo de outros concertos se insiste em marcar tudo. Sim, porque quem organiza não se informa e toca de convidar as bandas para vir tocar. Não, porque por vezes não se conta de todo com a marcação de concertos em paralelo. Porque quem organiza não sabe do outro.
Coimbra, esteve durante algum tempo adormecida. Pouca coisa acontecia. Fechou o Le Son e os espaços não nasciam. O Bar Galeria Santa Clara tentou durante mais de um ano abanar as estruturas. O público não compareceu como devia. Agora fechou as portas às bandas.
De repente várias organizações, vários espaços a abrirem o palco às bandas. Pergunto: será que o público voltou de um lugar perdido para ver agora os grupos. As salas até têm estado bem compostas. Mas agora pedir às gentes para ir ver mais do que um concerto por dia é que começa já a ser um pouco demais. A carteira não aguenta! E o pessoal não pode estar em dois locais ao mesmo tempo. É que afinal, bandas de estilos diferentes podem ter o mesmo público.
Por isso é minha convicção, e com alguma pena, que isto não tarda muito vais estoirar. Ou seja, vamos dar um passo atrás. Por isso toca aproveitar.
Digo isto porque tenho a nítida sensação de que não estando todas as salas com as pessoas que seriam desejáveis, há quem vá ficar a perder dinheiro.
O que aqui escrevo, como exemplo, aplica-se noutros casos e noutros locais. Abrem-se muitas salas. Aqui, ali e acolá. Por vezes o que interessa é abrir e convidar as bandas. E as condições? E o equipamento? E o espaço vital para as bandas tocarem? E técnicos de som com o mínimo de conhecimento?
Pois é, agora que falo nisto, devem começar todos a pensar, que até tenho uma certa razão.
Mas o que por vezes acontece, é que com a gritante falta de espaços, as bandas se sujeitam a tocar em qualquer lado. E quem sai a ganhar? Muitas vezes o dono do bar que fica como sendo uma pessoa de visão que apoia a música. Por isso, que se dê crédito a quem respeita os artistas. E claro os artistas que não sejam megalómanos e saibam adaptar-se às circunstâncias.
Há então que parar e olhar antes de atravessar. Para que ninguém saia ferido.
E Coimbra promete já, para o próximo dia 30 concerto de Ena Pá 2000 no Salão Brasil e de Capitão Fantasma no Ar D’ Rato Caffé. E não se vai ficar por aqui…
Estes são apenas alguns exemplos. Noutras cidades coisas destas por vezes acontecem. Basta ir vendo a programação regular de alguns bares.
Falta de coordenação? Sim e não. Sim, porque muitas vezes mesmo sabendo de outros concertos se insiste em marcar tudo. Sim, porque quem organiza não se informa e toca de convidar as bandas para vir tocar. Não, porque por vezes não se conta de todo com a marcação de concertos em paralelo. Porque quem organiza não sabe do outro.
Coimbra, esteve durante algum tempo adormecida. Pouca coisa acontecia. Fechou o Le Son e os espaços não nasciam. O Bar Galeria Santa Clara tentou durante mais de um ano abanar as estruturas. O público não compareceu como devia. Agora fechou as portas às bandas.
De repente várias organizações, vários espaços a abrirem o palco às bandas. Pergunto: será que o público voltou de um lugar perdido para ver agora os grupos. As salas até têm estado bem compostas. Mas agora pedir às gentes para ir ver mais do que um concerto por dia é que começa já a ser um pouco demais. A carteira não aguenta! E o pessoal não pode estar em dois locais ao mesmo tempo. É que afinal, bandas de estilos diferentes podem ter o mesmo público.
Por isso é minha convicção, e com alguma pena, que isto não tarda muito vais estoirar. Ou seja, vamos dar um passo atrás. Por isso toca aproveitar.
Digo isto porque tenho a nítida sensação de que não estando todas as salas com as pessoas que seriam desejáveis, há quem vá ficar a perder dinheiro.
O que aqui escrevo, como exemplo, aplica-se noutros casos e noutros locais. Abrem-se muitas salas. Aqui, ali e acolá. Por vezes o que interessa é abrir e convidar as bandas. E as condições? E o equipamento? E o espaço vital para as bandas tocarem? E técnicos de som com o mínimo de conhecimento?
Pois é, agora que falo nisto, devem começar todos a pensar, que até tenho uma certa razão.
Mas o que por vezes acontece, é que com a gritante falta de espaços, as bandas se sujeitam a tocar em qualquer lado. E quem sai a ganhar? Muitas vezes o dono do bar que fica como sendo uma pessoa de visão que apoia a música. Por isso, que se dê crédito a quem respeita os artistas. E claro os artistas que não sejam megalómanos e saibam adaptar-se às circunstâncias.
Há então que parar e olhar antes de atravessar. Para que ninguém saia ferido.
Nuno Ávila
Sem comentários:
Enviar um comentário