As guitarras. Actrizes principais durante todo este filme. Ácidas. Corrosivas. Quase sempre em desalinho. Maioria do tempo distorcidas. Sónicas.
O primeiro registo dos The Allstar Project, traz-nos um som que podemos denominar essencialmente de pós-rock. No entanto, estas notas musicais vestem igualmente um pouco de progressivo e cobrem-se de shoegaze. Sem medo, eles apontam Ennio Morricone, Spiritualized, Pink Floyd e Mogwai como algumas das suas influências. E se estivermos de ouvido atento percebemos que estes sons são de facto uma fonte inesgotável que brota água para matar a sede a este projecto de Leiria. Contudo, será de assinalar que o que eles fazem, apesar de não ser nada de novo, tem a marca de The Allstar Project bem visível. Eles conseguem ter uma alma própria, que respira a plenos pulmões, sem necessitar de máquinas para auxiliar.
O primeiro registo dos The Allstar Project, traz-nos um som que podemos denominar essencialmente de pós-rock. No entanto, estas notas musicais vestem igualmente um pouco de progressivo e cobrem-se de shoegaze. Sem medo, eles apontam Ennio Morricone, Spiritualized, Pink Floyd e Mogwai como algumas das suas influências. E se estivermos de ouvido atento percebemos que estes sons são de facto uma fonte inesgotável que brota água para matar a sede a este projecto de Leiria. Contudo, será de assinalar que o que eles fazem, apesar de não ser nada de novo, tem a marca de The Allstar Project bem visível. Eles conseguem ter uma alma própria, que respira a plenos pulmões, sem necessitar de máquinas para auxiliar.
Neste registo eles oferecem-nos camadas de som, que alternam momentos mais ambientais com outros que acertam violentamente no nosso corpo e nos deixam gostosas nódoas negras. É assim este registo, quando julgamos que um tema vai calmo e descontraído por um caminho, logo somos surpreendidos e a música segue outro rumo tornando-se densa e com guitarras ao despique, que nos fazem rejubilar de prazer.
Aqui a voz mal existe, quando entra é parra narrar, ajudando a adensar o som. Mas verdade seja dita, se estes temas fossem cantados perderiam toda a sua graça. Sim, porque aqui são só as guitarras que têm algo para nos dizer. Desta vez os teclados estão mais discretos e só se mostrando-se mais vivos na faixa “V5”.
“Your Reward… A Bulle” é um disco coeso. É um disco que ouvimos sem perder por um minuto o prazer da escuta. E que voltamos a ouvir com a mesma vontade vezes sem conta.
Se no fim estamos exaustos, ainda bem. É sinal que este disco tem tudo o que um bom disco deve ter. Força, para nos deixar com vontade de partir de novo a alta velocidade auto-estrada fora…
Aqui a voz mal existe, quando entra é parra narrar, ajudando a adensar o som. Mas verdade seja dita, se estes temas fossem cantados perderiam toda a sua graça. Sim, porque aqui são só as guitarras que têm algo para nos dizer. Desta vez os teclados estão mais discretos e só se mostrando-se mais vivos na faixa “V5”.
“Your Reward… A Bulle” é um disco coeso. É um disco que ouvimos sem perder por um minuto o prazer da escuta. E que voltamos a ouvir com a mesma vontade vezes sem conta.
Se no fim estamos exaustos, ainda bem. É sinal que este disco tem tudo o que um bom disco deve ter. Força, para nos deixar com vontade de partir de novo a alta velocidade auto-estrada fora…
Nuno Ávila
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