O título do novo registo de A Naifa, está muito bem escolhido. É acima de tudo um prenuncio daquilo que está a acontecer à banda. Passo a explicar. A Naifa, ao chegar ao seu terceiro registo, inclina-se inocentemente para o mal. Porquê, perguntaram vocês? Fácil de explicar. Este novo disco de A Naifa é o menos directo dos seus álbuns. Daí que seja um disco que necessita de várias audições para se interiorizar correctamente. E isto poderá causar algum mal à banda. É de todos, o seu registo mais experimental.
“Uma Inocente Inclinação Para o Mal”, não se pense, e derivado ao que escrevi no primeiro parágrafo, que é uma carta fora do baralho na vida de A Naifa. Seria falso afirmar tal! A Naifa não sabe fazer maus discos. E isso é um bem precioso…
Depois de se ouvir este disco várias vezes, percebemos que afinal ele é uma obra grande. A Naifa atinge assim um estatuto que a permite arriscar e atirar-se de cabeça, fazendo o que quer, sem ter de se sujeitar a princípios rígidos.
O fado transviado de A Naifa, volta a cruzar-se com outros estilos e a provar que existem casamentos improváveis que duram uma eternidade sempre com muito amor.
Desta vez servido pela escrita de Maria Rodrigues Teixeira, “Uma Inocente Inclinação Para o Mal”, tem no tema “O Ferro de Engomar”, a musica que mais próxima está dos dois discos anteriores. No restante, temos essencialmente um disco menos expansivo, com temas muito mais intimistas e que nos deixam com pele de galinha.
Este é um disco de pormenores. Uma obra subtil. Escrita para ouvidos atentos. Um disco feito sem preconceitos. É assim, porque A Naifa assim o quer. Enfim, “Uma Inocente Inclinação Para o Mal” é pura filigrana.
Estamos assim perante um disco que dá gozo desbravar. Pode custar a chegar ao topo da montanha, mas quando atingimos o pico a satisfação é uma medalha que fica bem junto ao coração.
Porque afinal tudo isto á fado. Tudo isto é bem lusitano. Veste de escuro, porque o negro é talvez a melhor cor que pinta o fado. E já Amália também assim trajava…
“Uma Inocente Inclinação Para o Mal”, não se pense, e derivado ao que escrevi no primeiro parágrafo, que é uma carta fora do baralho na vida de A Naifa. Seria falso afirmar tal! A Naifa não sabe fazer maus discos. E isso é um bem precioso…
Depois de se ouvir este disco várias vezes, percebemos que afinal ele é uma obra grande. A Naifa atinge assim um estatuto que a permite arriscar e atirar-se de cabeça, fazendo o que quer, sem ter de se sujeitar a princípios rígidos.
O fado transviado de A Naifa, volta a cruzar-se com outros estilos e a provar que existem casamentos improváveis que duram uma eternidade sempre com muito amor.
Desta vez servido pela escrita de Maria Rodrigues Teixeira, “Uma Inocente Inclinação Para o Mal”, tem no tema “O Ferro de Engomar”, a musica que mais próxima está dos dois discos anteriores. No restante, temos essencialmente um disco menos expansivo, com temas muito mais intimistas e que nos deixam com pele de galinha.
Este é um disco de pormenores. Uma obra subtil. Escrita para ouvidos atentos. Um disco feito sem preconceitos. É assim, porque A Naifa assim o quer. Enfim, “Uma Inocente Inclinação Para o Mal” é pura filigrana.
Estamos assim perante um disco que dá gozo desbravar. Pode custar a chegar ao topo da montanha, mas quando atingimos o pico a satisfação é uma medalha que fica bem junto ao coração.
Porque afinal tudo isto á fado. Tudo isto é bem lusitano. Veste de escuro, porque o negro é talvez a melhor cor que pinta o fado. E já Amália também assim trajava…
Nuno Ávila
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