É grande a vontade de Nerve em fazer diferente. Dai que no seu myspace o MC intitule seu som de experimental/rap/indie.
O primeiro trabalho de Nerve, não deixa no entanto, de ser um disco de hip hop. Estão lá as batidas e estão lá as rimas. Só que por aqui, as coisas não são apresentadas de uma forma linear.
Nerve, em alguns temas tenta subverter a raiz do hip hop mais clássico. Estes momentos trazem uma frescura inesperada ao disco. No entanto, temos por aqui, belíssimas canções de puro hio hop.
“Eu Não Das Palavras Troco a Ordem” ganha assim um inesperado fôlego ao dosear sabiamente momentos mais experimentais com outros mais sóbrios. Desta forma o disco vence, pois não se torna demasiado estranhos aos ouvidos mais sensíveis. E ganha pontos, porque pode agradar a todo um naipe de seres, que gosta de cenas mais radicais.
Com participações de Martinês, Sp & Wilson, Stray, Beasph e Víruz, este disco não é feito de palavras de revolta, mas sim pintado com bonitos retratos de uma certa vida quotidiana. Nerve diz-se influenciado por Kafka e deixa transparecer isso na sua escrita. Ao escrever, Nerve, tenta inovar, e consegue aqui amealhar mais alguns pontos, ao oferecer às batidas contos por vezes quase irreais. Mas, amigos, é este mesmo o seu “processo” de escrita. Invulgar… E está bem patente na faixa “Sacana Nervoso”.
Estamos assim, perante um disco equilibrado. Sóbrio. Que nos deixa ver que Nerve tem os pés bem assentes na terra. Que sabe o que quer e como fazer.
São artistas assim, sinceros, que nos fazem querer que a cena do hip hop ainda tem espaço para aventuras novas, e para o surgimento de novos Mcs.
Porque felizmente, e a prova disso é este disco, a formula não está gasta. Baste ter inteligência. E engenho!…
O primeiro trabalho de Nerve, não deixa no entanto, de ser um disco de hip hop. Estão lá as batidas e estão lá as rimas. Só que por aqui, as coisas não são apresentadas de uma forma linear.
Nerve, em alguns temas tenta subverter a raiz do hip hop mais clássico. Estes momentos trazem uma frescura inesperada ao disco. No entanto, temos por aqui, belíssimas canções de puro hio hop.
“Eu Não Das Palavras Troco a Ordem” ganha assim um inesperado fôlego ao dosear sabiamente momentos mais experimentais com outros mais sóbrios. Desta forma o disco vence, pois não se torna demasiado estranhos aos ouvidos mais sensíveis. E ganha pontos, porque pode agradar a todo um naipe de seres, que gosta de cenas mais radicais.
Com participações de Martinês, Sp & Wilson, Stray, Beasph e Víruz, este disco não é feito de palavras de revolta, mas sim pintado com bonitos retratos de uma certa vida quotidiana. Nerve diz-se influenciado por Kafka e deixa transparecer isso na sua escrita. Ao escrever, Nerve, tenta inovar, e consegue aqui amealhar mais alguns pontos, ao oferecer às batidas contos por vezes quase irreais. Mas, amigos, é este mesmo o seu “processo” de escrita. Invulgar… E está bem patente na faixa “Sacana Nervoso”.
Estamos assim, perante um disco equilibrado. Sóbrio. Que nos deixa ver que Nerve tem os pés bem assentes na terra. Que sabe o que quer e como fazer.
São artistas assim, sinceros, que nos fazem querer que a cena do hip hop ainda tem espaço para aventuras novas, e para o surgimento de novos Mcs.
Porque felizmente, e a prova disso é este disco, a formula não está gasta. Baste ter inteligência. E engenho!…
Nuno Ávila
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