Às vezes somos brindados com agradáveis surpresas. Os Spleen Poetry, banda que conhecíamos vagamente do myspace, gravaram um CD por conta própria, fizeram-se à estrada e vieram até Coimbra deixar uma cópia. Falo aqui em agradável surpresa, pois mesmo não apresentando nada de extraordinariamente inovador, os Spleen Poetry, chegam até nós com as ideias bastante bem arrumadas, com os pés bem assentes na terra e um CD entre mãos que agrada pela simplicidade e por nos mostrar um grupo que tem já o seu caminho muito bem trilhado.
E muita vezes o facto de não se inovar muito, pode até jogar a favor. Assim não se corre o risco de cair em buracos fundos dos quais é difícil sair. Neste seu primeiro registo, os Spleen Poetry oferecem-nos um conjunto de canções maioritariamente inspiradas pela folk, o country e o blues e onde o pop e o rock revestem por vezes as camadas de som. São músicas por momentos introspectivas, noutros mais soltas. As guitarras não mentem e quando se electrificam e os dedos passam nas cordas trazem agarradas a si sons que nos lembram as guitarras dos Cowboy Junkies. Quando soam mais acústicas mergulham numa folk mais indie. Tudo isto sem esquecer aqueles momentos mais blues.
Mas o que aqui joga a favor dos Spleen Poetry, é que apesar de tudo eles criam canções, que mesmo buscando sabedoria em sons que estão na moda, não seguem a mesma formula de muitos grupos. É que aquele lado mais pop/rock que veste a música da banda dá-lhe um ar fresco, que a faz viajar por outros atalhos, fugindo de engarrafamentos, tendo assim via verde para circular mais à vontade.
Por tudo isto, estamos na presença de um registo que se ouve com agradável satisfação. Que apesar de nos trazer um grupo já muito seguro de si, nos faz querer que aqui ainda existe espaço para outras aventuras. Sim, porque estamos convictos que eles ainda vão crescer mais. Porque aqui existe uma base já muito sólida, com espaço suficiente para os tijolos poisarem e o muro crescer em altura.
Os Spleen Poetry chegaram de mansinho. Apresentaram-se. Foram cordiais. Cativaram e são agora nossos amigos. E até parece que já os conhecíamos à bastante tempo.
E muita vezes o facto de não se inovar muito, pode até jogar a favor. Assim não se corre o risco de cair em buracos fundos dos quais é difícil sair. Neste seu primeiro registo, os Spleen Poetry oferecem-nos um conjunto de canções maioritariamente inspiradas pela folk, o country e o blues e onde o pop e o rock revestem por vezes as camadas de som. São músicas por momentos introspectivas, noutros mais soltas. As guitarras não mentem e quando se electrificam e os dedos passam nas cordas trazem agarradas a si sons que nos lembram as guitarras dos Cowboy Junkies. Quando soam mais acústicas mergulham numa folk mais indie. Tudo isto sem esquecer aqueles momentos mais blues.
Mas o que aqui joga a favor dos Spleen Poetry, é que apesar de tudo eles criam canções, que mesmo buscando sabedoria em sons que estão na moda, não seguem a mesma formula de muitos grupos. É que aquele lado mais pop/rock que veste a música da banda dá-lhe um ar fresco, que a faz viajar por outros atalhos, fugindo de engarrafamentos, tendo assim via verde para circular mais à vontade.
Por tudo isto, estamos na presença de um registo que se ouve com agradável satisfação. Que apesar de nos trazer um grupo já muito seguro de si, nos faz querer que aqui ainda existe espaço para outras aventuras. Sim, porque estamos convictos que eles ainda vão crescer mais. Porque aqui existe uma base já muito sólida, com espaço suficiente para os tijolos poisarem e o muro crescer em altura.
Os Spleen Poetry chegaram de mansinho. Apresentaram-se. Foram cordiais. Cativaram e são agora nossos amigos. E até parece que já os conhecíamos à bastante tempo.
Nuno Ávila
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