Ao chegar ao segundo disco os Sean Riley & The Slowriders expressam uma vontade em fazer diferente. Não significa isto que por algum instante que seja eles desfigurem de tal forma o seu som que ele se torne por algum instante irreconhecível. São os mesmos de sempre, que identificamos de olhos fechados, não apenas pela voz diferente de Afonso Rodrigues.
Mas então o que mudou? Logo para começar, aparecem neste registo, sons de instrumentos que até à data estavam arredados deste quadro. Logo no primeiro tema, de nome “Hold On” temos um violoncelo de fundo. Contudo, a maior diferença está no acto de incorporar na banda um baterista de raiz. Ele chama-se Filipe Rocha, em tempos passou pelos Phase, e para alem da bateria toca igualmente contrabaixo.
A incorporação de Filipe Rocha transporta desde logo duas grandes mudanças no processo criativo. Primeiro expande muito mais o som da banda, em segundo liberta muito mais Filipe Costa das precursões deixando-o mais agarrado aos teclados, que aqui ganham uma maior relevância.
Estamos assim perante um registo menos intimista. São 12 temas muito mais próximos do formato rock. No entanto por aqui continua espelhado o amor que Sean Riley tem pela folk, o country e essencialmente o blues. E por mais mudanças que se operem no som, Sean Riley nunca irá conseguir esconder a grande paixão que nutre por Bob Dylan.
Depois do enorme sucesso alcançado com o primeiro registo, o grupo de Coimbra, consegue manter-se à tona de água, com um segundo registo igualmente vigoroso. Tiveram a mestria de saber escrever um punhado de canções que ao querem ser diferentes, sem perder as suas raízes, nos fazem descobrir novos prazeres.
São assim os grandes compositores, mestres com sabedoria para terem o sábio desplante de não se agarrarem sempre às mesmas notas.
E apesar de este ser um registo mais arejado, continuamos a ter aqui momentos que nos deixam ficar com pele de galinha. “This Woman” é um desses momentos, que nos mostram quanto vale uma canção feita a partir da alma. “Working Nights” vem mostrar que a folk ainda vive. E não só em terras americanas. E fecha em grande Only Time Will Tell” com o tocante "Lord Have Mercy".
Estamos assim completamente arrebatados por canções com travo a rum e a pó de estrada. Agarrados e completamente viciados. E felizmente que não existe cura para este vicio.
Depois de “Like The Wolf”, dos a Jigsaw, mais um grande disco nos chega de Coimbra.
Mas então o que mudou? Logo para começar, aparecem neste registo, sons de instrumentos que até à data estavam arredados deste quadro. Logo no primeiro tema, de nome “Hold On” temos um violoncelo de fundo. Contudo, a maior diferença está no acto de incorporar na banda um baterista de raiz. Ele chama-se Filipe Rocha, em tempos passou pelos Phase, e para alem da bateria toca igualmente contrabaixo.
A incorporação de Filipe Rocha transporta desde logo duas grandes mudanças no processo criativo. Primeiro expande muito mais o som da banda, em segundo liberta muito mais Filipe Costa das precursões deixando-o mais agarrado aos teclados, que aqui ganham uma maior relevância.
Estamos assim perante um registo menos intimista. São 12 temas muito mais próximos do formato rock. No entanto por aqui continua espelhado o amor que Sean Riley tem pela folk, o country e essencialmente o blues. E por mais mudanças que se operem no som, Sean Riley nunca irá conseguir esconder a grande paixão que nutre por Bob Dylan.
Depois do enorme sucesso alcançado com o primeiro registo, o grupo de Coimbra, consegue manter-se à tona de água, com um segundo registo igualmente vigoroso. Tiveram a mestria de saber escrever um punhado de canções que ao querem ser diferentes, sem perder as suas raízes, nos fazem descobrir novos prazeres.
São assim os grandes compositores, mestres com sabedoria para terem o sábio desplante de não se agarrarem sempre às mesmas notas.
E apesar de este ser um registo mais arejado, continuamos a ter aqui momentos que nos deixam ficar com pele de galinha. “This Woman” é um desses momentos, que nos mostram quanto vale uma canção feita a partir da alma. “Working Nights” vem mostrar que a folk ainda vive. E não só em terras americanas. E fecha em grande Only Time Will Tell” com o tocante "Lord Have Mercy".
Estamos assim completamente arrebatados por canções com travo a rum e a pó de estrada. Agarrados e completamente viciados. E felizmente que não existe cura para este vicio.
Depois de “Like The Wolf”, dos a Jigsaw, mais um grande disco nos chega de Coimbra.
Nuno Ávila
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