sexta-feira, 1 de outubro de 2010

UHF COM NOVIDADES





UHF ao vivo em Outubro
4 - 21:30 - Cine-Teatro - Lousã
14 - 15:00 - Teatro da Luz - Lisboa
22 - 22:30 - Latada Coimbra29 - 21:30 - Auditório da Malaposta
30 - 21:30 - Auditório da Malaposta


"Porquê" novo Cd dos UHF


UHF em doze canções e uma pergunta: "Porquê?"


Foram onze meses e meio de retiro numa vila alentejana, Vendas Novas, e todos os dias o caminho pela auto-estrada que rasga as planícies onduladas, um frio de rachar no Inverno e um calor estático no Verão.


Houve tempo, em cada viagem diária, para meditar neste tempo que vivemos, no momento inseguro que cruzamos enquanto nação. Este disco é um manifesto atento, quando o artista tem consciência de que não pode ficar de fora.


Será este um disco de intervenção? É, por certo, na linha de muitas canções que os UHF gravaram, de uma escola onde bebi influências, denso e sereno. Toca nas feridas, mas não guarda o queixume - aponta rumos. Quando as canções se entoam, os corações pulsam de emoção.

Os doze episódios que integram este CD são o Best of de um lote que fomos gravando entre Junho de 2009 e Junho de 2010, entre o estúdio e a estrada: é, por tudo isto, um trabalho ambicioso e o maior investimento financeiro que alguma vez fizemos. Há momentos em que acreditamos muito, e este é um desses momentos.

É uma afirmação política; tem o choro e a devoção do amor adulto; mantém a conversa entre os do palco e os da plateia. Vai da confissão sussurrada ao grito que a batida feroz sustenta.


São dez originais e duas versões, e a reunião há muito desejada dos UHF com o técnico João Martins, responsável pelos últimos trabalhos de Da Weasel, Xutos & Pontapés e Baile Popular, com quem partilhei a produção.


Tivemos a contribuição de alguns convidados. Entraram as prestações do Manuel Paulo (Hammond B3 em "A Última Prova") e da Tuna Académica Universitária do Instituto Superior Técnico de Lisboa (coro maior em "Portugal Somos Nós").

Como alguém me disse, depois de uma audição privada: "É um disco para ser tocado ao vivo". Pois é, confessei.

António Manuel Ribeiro. Setembro de 2010

Sem comentários: