O Porto não é só a cidade desse clube que nos últimos 30 anos arrebata títulos entre nós.
O Porto é também o berço de um sentimento muito próprio, feito de resistência e autonomia, de orgulho e simplicidade, de militância e frontalidade, de humor e sobriedade, de tradição e modernidade, a que Os Tornados dão corpo duma forma perfeita.
Longe dos centros de decisão e das modas nascidas nas festas de uns e outros, Os Tornados teimam em nos deixar desarmados com a sua música incisiva e genuína.
No seu álbum de estreia, “Twist do contrabando”, procuraram o apoio de uma editora para conseguirem levar a irreverência ao maior número de pessoas. Deram nas vistas. Deixaram alguns deliciados, outros confusos – quem são estes cromos de fatinho a tocarem o mais puro rock’n’roll regional como se não houvesse amanhã? – outros ainda cépticos, não estivéssemos nós no século XXI, a construir o futuro através da clonagem desse passado chamado “eighties” (ser retro não está a dar...).
De repente, a tão aclamada independência parecia estar no código genético destes nortenhos de gema, com editora e tudo.
É esse grito de independência (porque ser verdadeiramente independente implica ser um não alinhado...) que Os Tornados dão com “Dinamite”, o EP que marca a estreia do seu próprio selo “Bronca! Discos”.
Porque a sua música é só e apenas uma extensão das suas mais alucinantes paixões, aqui está o rock’n’roll dos sessenta, sem artifícios, ora mais próximo do surf, ora piscando o olho aos rhythm’n’blues, desta vez com a bateria mais à frente e com um bocadinho de fuzz, repartido por três novas canções e um instrumental.
Porque cada vez se faz menos para se ouvir música, aqui estão Os Tornados a dizer-nos que quem anda na net a pode levar de borla ou quem, como eles, não consegue viver sem ela, a pode comprar num vinil de sete polegadas e pensar sempre que o põe no gira-discos: “agora vou ouvir o Dinamite!”.
Os Tornados não gozam do apoio de qualquer banco ou empresa de telecomunicações (um apoio em géneros duma marca de cerveja seria bem-vindo!), mas de algumas dezenas de pequenos comerciantes locais – de frutarias a cabeleireiros, de cafés a lojas de roupa, de talhos a floristas – cujos patrocínios, a exemplo do que se faz nas festas de inúmeras paróquias por esse país fora, ajudaram ao arranque desta “Bronca”.
“Dinamite!” mostra Os Tornados no seu melhor porque é acima de tudo um disco honesto, independente e um manifesto de prazer...
Lado A: Dinamite / Baby Baby
Lado B: Balada do Pecador / Angola 67(Instrumental)
Os Tornados :
Hélder Coelho – Bateria
Manuel Oliveira – Percussões e Voz
Marco Oliveira – Órgão, Harmónica e Voz
Miguel Lourenço – Baixo e Voz
Nuno Silva – Voz e Guitarra Eléctrica
Tiago Gil – Guitarra Eléctrica e Voz
Gravado, Misturado e Masterizado nos Estúdios Meifumado por:
Zé Nando Pimenta
Produção:
Os Tornados e Zé Nando Pimenta
Edição:
Bronca Discos!/ Xinfrim
Arte:
Fotografia – André Brito
Desenho Gráfico – Marco Oliveira
www.ostornados.com
www.facebook.com/ostornados
“Dinamite!” mostra Os Tornados no seu melhor porque é acima de tudo um disco honesto, independente e um manifesto de prazer...
Lado A: Dinamite / Baby Baby
Lado B: Balada do Pecador / Angola 67(Instrumental)
Os Tornados :
Hélder Coelho – Bateria
Manuel Oliveira – Percussões e Voz
Marco Oliveira – Órgão, Harmónica e Voz
Miguel Lourenço – Baixo e Voz
Nuno Silva – Voz e Guitarra Eléctrica
Tiago Gil – Guitarra Eléctrica e Voz
Gravado, Misturado e Masterizado nos Estúdios Meifumado por:
Zé Nando Pimenta
Produção:
Os Tornados e Zé Nando Pimenta
Edição:
Bronca Discos!/ Xinfrim
Arte:
Fotografia – André Brito
Desenho Gráfico – Marco Oliveira
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