No próximo dia 28 de Maio, sábado
Grande referência do art rock português na Sala Arte à Parte, em Coimbra
No próximo dia 28 de Maio, sábado, pelas 22.00 horas, a Sala Arte à Parte (Rua Fernandes Tomás, 29) recebe uma das maiores referências do art rock português em concerto. Vitor Rua, improvisador, compositor e videasta português que tem sob a sua alçada a criação de projectos musicais como os GNR ou os Telectu, apresenta pela primeira vez em Coimbra o seu mais recente trabalho, Electronic Suite.
Trata-se de uma composição para guitarra de oito cordas e vídeo cujo objectivo, segundo o próprio Vitor Rua “é o de, a um «módulo sonoro» acrescentarmos um outro, depois outro e ainda outro e por aí contiguamente, sem qualquer relação aparente entre eles, excepto o puro encanto de construirmos um abstracto encadeamento musical." Este concerto, que será conjugado com uma projecção de vídeo, integrará sem dúvida as sonoridades minimalistas e a criação espontânea de texturas sonoras a que o autor já nos habituou.
No mesmo dia, pelas 19.00 horas, Vitor Rua estará à conversa com Fausto da Silva e Nuno Ávila no programa Santos da Casa, da Rádio Universidade de Coimbra.
O preço do bilhete é 7,5 € para o público em geral e 3,75 € para sócios da Associação Cultural de Música e Teatro Arte à Parte.
Vitor Rua é uma das figuras de referência no panorama musical contemporâneo português.
Iniciou actividade musical profissional ao integrar agrupamentos de covers e de pop-rock, mas também criando grupos de rock com o objectivo de executar originais. Em 1976 e 1977 integrou o grupo King Fisher's Band e, dois anos mais tarde, fundou, com Alexandre Soares, os GNR. Com esta banda histórica da música moderna portuguesa deu vários concertos, destacando-se o derradeiro no Festival de Vilar de Mouros, em 1982. Nesse ano, conheceu Jorge Lima Barreto, cuja influência terá sido decisiva para a sua mudança definitiva de rumo musical. Juntos formaram o grupo Telectu, um dos primeiros em Portugal a dedicar-se à música electrónica improvisada.
Recentemente, tem composto para teatro, dança e cinema. Desempenhando várias funções em diferentes actividades artísticas, a sua acção pautou-se pelo cruzamento e aproximação de diferentes domínios da música. A sua carreira constitui igualmente o paradigma do músico que, iniciando actividade no âmbito do pop-rock, foi progressivamente aproximando-se dos círculos e das práticas de produção erudita.
Neste seu trabalho com Telectu encontrou-se com grandes figuras internacionais da improvisação, designadamente Elliott Sharp, Carlos Zíngaro, Jean Sorbib, Louis Sclavis, lkue Mori e Evan Parker, entre muitos outros, afirmando-se como experimentalista e poliartista.
Intérpretes como Daniel Kientzy, John Tilbury, Frank Abbinanti, Peter Bowman, Kathryn Bennetts, Bernini Quartet, Remix Ensemble, OrchestrUtópito, Drumming, Giancarlo Schiaffini, Eddie Prevóst, Michoel Straus, Jorgon Peterson, Goran Morcep, gravaram e/ ou interpretaram obras deste compositor em concertos e festivais nacionais e internacionais.
Sem comentários:
Enviar um comentário