Compositor, intérprete e musicólogo, Jorge Lima Barreto, que hoje morreu aos 61 anos, dedicou toda a sua vida ao universo musical, tendo editado dezenas de discos e deixado uma vasta obra literária sobre musicologia.
Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Letras, onde chegou a lecionar, cedo começou o seu percurso no mundo da música, começando na infância, como autodidata, a praticar órgão de igreja e piano.
Ainda antes de se licenciar, criou em 1969 a Anar Band e também Associação de Música Conceptual. Fundou depois, já na década de 1980, o duo Telectu, com Vítor Rua, com quem editou dezenas de álbuns.
Foi durante os anos que esteve fora de Portugal, sobretudo em Nova Iorque, que contactou com o meio vanguardista do jazz e da música improvisada. Esta experiência marcou a sua carreira como musicólogo, com a edição de livros como “Revolução no Jazz”, “Jazz Off” ou “Jazz Arte”.
Ainda no campo dos livros, escreveu “Zapp, Estéticas do Rock”, “Rock Trip” e “B-Boy”, uma obra sobre o hip hop.
Na área do jornalismo e da crítica musical, Lima Barreto colaborou com o Jornal de Letras, com o Expresso e com a revista Blitz. Participou ainda em publicações estrangeiras, como Point (Nova Iorque); Jazz Hot (Paris) ou a brasileira Folha de São Paulo.
Jorge Lima Barreto compôs também música para acompanhar poesia, para teatro e cinema e chegou a realizar programas de rádio.
LUSA
Sem comentários:
Enviar um comentário