quarta-feira, 18 de abril de 2012

VIRGEM SUTA COM NOVO DISCO A CHEGR







Com data de lançamento marcada para 14 de Maio, o segundo disco dos Virgem Suta é um cozinhado bem temperado de histórias e personagens do Portugal mais e menos profundo.

Os Virgem Suta gostam de contar histórias, e isso nota-se. “Doce Lar” é o segundo álbum de Jorge Benvinda e Nuno Figueiredo, depois de uma bem-sucedida estreia em 2009. A banda de Beja caiu no goto ao primeiro gole e regressa três anos depois com uma mão-cheia de histórias de amor, sonhos de infância, subtis ironias e assuntos sérios que se disfarçam de paródias. E vice-versa. 

‘Doce Lar’ é um álbum repleto de peripécias e de personagens – umas fictícias, outras só um bocadinho inventadas, sendo que todas elas vivem de certa forma no nosso imaginário. Os sonhos e as angústias de um “ser português” que nos está irremediavelmente no sangue faz de “Doce Lar” uma casa que é, ao mesmo tempo uma zona de conforto, um refúgio e um sítio de onde por vezes também queremos escapar.

Numa receita de raízes tradicionais e de tempero apurado, os Virgem Suta mantêm-se iguais a si próprios, revelando neste segundo álbum os melhores ingredientes de uma aprendizagem de três anos. As sonoridades serão familiares – lembremo-nos de “Tomo Conta Desta Tua Casa”, “Dança de Balcão” ou “Vovó Joaquina”, temas do álbum de estreia –, mas em “Doce Lar” há outros caminhos percorridos, feitos das vivências e dos olhares atentos do duo pelas estradas e terras recônditas do Portugal mais e menos profundo.

E a acentuar o carácter familiar que a música dos Virgem Suta assume neste “Doce Lar” – preparando já os ouvidos para a folia que a banda promete em cima de um palco – não é de estranhar que, no rol dos instrumentos sonoros utilizados, haja aparições de tachos, panelas e até mesmo um penico. Afinal, a percussão faz-se com aquilo que um homem quiser. E se os Virgem Suta querem, toca-se!

Os elementos nucleares dos Virgem Suta são Jorge Benvinda (voz, coros, tacho, penico, panela, berimbau de boca) e Nuno Figueiredo (guitarras eléctricas, guitarras acústicas, cavaquinho, groovebox, percussões), juntando-se em palco os músicos Nuno Rafael, Sérgio Nascimento, João Cabrita e Hélder Morais. “Doce Lar” foi produzido e gravado por Hélder Gonçalves (Clã) no estúdio O Nosso Gravador.

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