Walter Bejamin é Luís Nunes, um músico Português radicado em Londres. Contudo, este seu disco foi gravado em Portugal e para tal rodeou-se dos seus amigos de sempre. Muitos deles vindos de bandas com as quais já tinha trabalhado como sejam o caso de Jesus, the Misenderstood, Márcia, B Fachada, Julie & The Carjackers, Noiserv, Goodbye Toulouse, You Can’t Win, Charlie Brown, João Coração e Minta & The Brook Trout..
Quem passar pelo facebook do artista vê que a sua música vem rotulada de folk e rock’n’roll. Folk é inegável. O rock em doses mais pequenas. E ainda alguma pop paira no ar.
Walter Bejamin oferece-nos oito canções em tons pardacentos, que condizem na perfeição com as cores da capa do disco. Sons perfeitos para dias de chuva. Ele nasceu na primavera, em Maio. De certeza um Maio molhado. O facto de ter descoberto que veio ao mundo no mesmo dia de Bob Dylan, de certeza que o fez descobrir a música deste senhor, a qual deixa algumas marcas na sua veia criativa.
Este é um disco que balança na perfeição canções mais indolentes que podem lembrar uns Red House Painters e outras ligeiramente mais abertas, mas que não perdem de todo o seu lado mais intimista.
Walter Bejamin já nos tinha mostrado o seu talento nalguns trabalhos que foi deixando em algumas editoras de net. Em “The Imaginary Life Of Rosemary And Me” o artista comprova a sua boa forma criativa. E mostra que não é apenas bom a escrever canções. Aqui mais uma vez, é ele quem grava e produz o disco. Tudo feito com uma mestria que nos deixa agarrados a este som.
Estamos perante um conjunto de canções, que nos inquietam o espírito. As melhores para estas noites em que o ideal é ficar-mos no nosso quarto estendidos sobre a cama.
Nuno Ávila
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