Depois de um interessante primeiro disco, que explodiu graças ao êxito da faixa “Elefantes Azuis”, era grande a expectativa em saber como os Trêsporcento abordariam o segundo disco. Uma empreitada sempre de risco. Desenvencilham-se bem desta questão, mantendo a fasquia alta.
Sem se desviarem da sua rota, seguem agora uma linha muito mais próxima de uns Linda Martini. Por isso, é o rock que continua a orientar estes quatro rapazes Canções que partem das guitarras, para se abrirem à voz, baixo e bateria. Palavras que se lançam em letras certeiras e por vezes não muito longas.
Estamos perante um quadro com cores que nos prendem a vista. Estamos perante um disco bem feito. Puro entretenimento. Podem dizer que o que nos oferecem os Trêsporcento já não cheira a novidade. Novidades, nos dias que correm, são pérolas raras de encontrar. Congratulemo-nos por mais este tiro certeiro. Em cheio no alvo.
Estamos perante um disco vindo da alma, que não quer mais do que ser um registo que marca pela sua singeleza e frontalidade.
Rock em puro estado de graça. Bem esgalhado. Com algumas malhas que nos ficam no subconsciente.
Será preciso mais?!!
Nuno Ávila
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