sábado, 1 de junho de 2013

BEAUTIFY JUNKYARDS E O SEU ÁLBUM DE ESTREIA



















Que música traz o vento? E que ritmos se podem adivinhar no quase invisível movimento das folhas das árvores quando apenas uma leve brisa sopra? E queharmonias se adivinham no canto dos pássaros? A relva quando cresce, faz algum som?
 
De certa maneira, a estreia dos Beautify Junkyards contém, por debaixo das guitarras e dos metalofones, por debaixo das subtis camadas de percussão, dos teclados, as respostas a todas essas perguntas. Mas descobri-­las significa aceitar-se a imersão,  o mergulho, nas canções que gravam. Façam o favor...
 
Os Beautify Junkyards nasceram como uma ideia paralela aos veteraníssimos Hipnótica, um grupo de pessoas que nunca recusou a experimentação para descobrir até onde afinal nos podem levar as ideias. Enquanto Beautify Junkyards e com formação alargada a novos elementos, J. Monsant, JP Daniel, Sergue, António Watts, Rita Vian e João Branco Kyron, tomaram duas decisões importantes. A primeira: descobrirem-­se em canções alheias, encontrarem uma identidade nos ecos distantes de temas que marcam uma certa tradição folk, mas que se estendem para lá disso também. A segunda decisão passou pela forma de abordagem a esse cancioneiro íntimo. E aqui entra outro elemento da banda, inesperado, mas incontornável: a própria natureza.

Com um estúdio móvel de captação, os Beautify Junkyards fugiram às quatro paredes do estúdio e descobriram, perdidos do mapa no Alentejo rural ou removidos dos caminhos turísticos no meio da serra de Sintra, recantos idílicos tocados pelo sol e aí captaram as bases de todas estas canções, permitindo que os microfones gravassem também tudo o que os rodeava. A expressão «harmonia com a natureza» foi inventada para descrever situações como esta.

Rui Miguel Abreu

Beautify Junkyards surgem em 2012. Após a criação de uma página no bandcamp com 4 músicas atraem a atenção da editora inglesa Fruits de Mer que os convida para lançar um single em vinil (edição limitada de 800 exemplares que esgotaria uma semana após o lançamento). Desde então a banda tem atraído a atenção de diversas revistas, sites e rádios estrangeiras, destacando-se excelentes críticas na Shindig, Classic Rock e passagens na rádio BBC6 bem como em diversas rádios universitárias dos Estados Unidos.

Em 2013 a banda cria uma banda sonora original para um filme de animação "La Planete Sauvage", que foi apresentada ao vivo em diversos festivais de cinema (Cinecoa, Fantasporto, Monstra) com a música a ser interpretada ao vivo durante a projecção do filme.

Além da imprensa, a exposição internacional atrai também a atenção de músicos e produtores, DJ Food convida a banda a participar numa compilação dedicada à passagem dos Kraftwerk por Londres e o produtor brasileiro Béco Dranoff (editora Ziriguibom e colecção Red Hot) convida a banda para participar de um documentário para a televisão brasileira intitulado "Beyond Ipanema" , onde os Beautify Junkyards figuram ao lado de nomes como Os Mutantes, David Byrne, Devendra Banhart e M.I.A.

O álbum de estreia é agora editado em Portugal e em Setembro será lançada uma edição especial em vinil que terá distribuição mundial pela holandesa Clear Spot.

Este 1º álbum tem a particularidade de ter sido gravado ao vivo no campo com recurso a um estúdio móvel, captando todo o ambiente circundante de comunhão com a natureza tendo sido posteriormente processado em estúdio pelo produtor Major Tom.

Para este registo a banda conta com um leque de convidados de luxo como a produtora e cantora inglesa Riz Maslen (Neotropic; Future Sound of London), o músico austríaco Wolfgang Schloegl (Sofa Surfers, i-Wolf), a cantora brasileira Karine Carvalho (3 na Massa) e a cantora folk americana Erica Buettner.

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