Facilmente se percebe porque que é que este primeiro registo grande, de Bruno Mira sob a designação de Fellow Man, nos apresenta momentos diferentes ao longo das 10 canções. Porque este disco contem dentro de si quase a totalidade do primeiro EP “Of All The People”, canções de “Gorgeous Green EP” e temas compostos apenas para este disco.
Esta diversidade, não faz este registo perder coerência. O fio condutor de todas estas canções é a folk. O que aqui temos é uma indie folk, por vezes mais intimista e outras quase em formato rock. São canções, algumas mais acústicas e a passarem rente ao nosso corpo, e outras já mais em formato de banda e a passarem aqui e ali, muito perto do blues.
A única duvida que se nos coloca é como Bruno Mira irá apresentar este seu disco ao vivo. Se transformando os temas mais rock em canções quase nuas, se vestindo as canções mais despidas, dando-lhe mais cores.
A certeza que temos depois de escutar “Light Traveler” é que este disco tem por aqui belíssimas canções. Temas com alma. Que apesar de tudo, é um disco inteiro. Frontal.
Mesmo sem inovar em demasia, coisa que nos dias que correm se torna difícil, o que por aqui temos está muito bem feito e denota que Bruno Mira sobe colher os ensinamentos certos para escrever as suas canções.
Só isto, já é mais que suficiente para que passemos os ouvidos por este registo. Tempo ganho, nesta viagem muito especial e até podemos dize-lo espacial.
Nuno Ávila
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