Viviane está de regresso aos discos. Volta trazendo de novo um registo que está carregado de sons a que já nos habitou, desde que começou a sua carreira a solo, depois do fim dos Entre Aspas. São canções que ficam a meio caminho entre a pop e o fado.
Mas este regresso pode não ser pacifico. “Dia Novo” é o trabalho mais difícil de Viviane. Um disco que custa a desbravar. Talvez o mais intimista de todos quanto lançou.
Este registo, que maioritariamente nos oferece temas escritos pela própria e pelo antigo companheiro nos Entre Aspas, Tó Viegas, começa da melhor maneira, com o brilhante single “Do Chiado Até ao Cais”. Este é de todos o tema mais vivo do disco.
Será estranho dizer que no disco os temas mais apelativos são as três versões que apresenta. “Com Toda A Palabra” de Lhasa de Sela, “A Outra” de Marcelo Camelo e “Comment Te Dire Adieu” de Serge Gainesbourg. É de facto estranho, mas não deixa de ser verdade.
No restante desta obra encontramos canções, que requerem várias audições, para que possamos desfrutar delas em pleno.
Sem ser um disco, na senda daquilo a que Viviane já nos habituou, não deixa de ser, no entanto, um registo que nos deva passar ao lado.
“Dia Novo” irá com certeza despertar curiosidade nos amantes da pop de do fado. E se acharem que tem por aqui temas que despertam a curiosidade, quando chegarem ao fim da audição carreguem de novo no play.
Nuno Ávila
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