domingo, 6 de julho de 2014

Kamalhão Rock Feste (segundo dia) - Coimbra - 05/07/14














The Walks
Os The Walks estão em grande forma.
Cada vez mais cientes daquilo que querem e qual é o seu espaço.
Sem negarem qual o rock que os inspira, revertem-no a seu favor.
Desde os anos 60 até aos nossos dias, os The walks colhem as melhor uvas, para fazerem vinho próprio.
No Kamalhão ficou mais uma vez provada toda a eficiência do quinteto, carimbada com mais uma bela atuação.
Definitivamente temos banda!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
The Dirty Coal Train
Duas belas damas e um cavalheiro, a destilarem rock pelas veias.
O sumo da coisa, tem inicio no garage dos anos 60 e viaja ainda até ao punk de 77.
Canções curtas e grossas. Cruas no bom sentido. É assim que se quer o velho rock
A entrega foi total, apesar da falta de pedal na bateria. Este contratempo quebrou ligeiramente o ritmo do concerto. Mas eis que, de repente a banda começa de novo a pedalar a todo o gás
A vontade de tocar era tanta, que o trio passou por cima de tudo isto e brindou os presentes com um enérgico concerto.
Fiquem de olho neles. Este trio ganha outra vida em palco. E recomenda-se!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
The Parkinsons
Transpirou-se rock. Daquele velhinho. Old school. Punk. Sim, isso mesmo!
Os Parkinsons têm o  diabo no corpo, e tentam liberta-lo em palco.
Afonso, homem de frente é danado (no bom sentido), centrando em si quase todas as atenções.
Tropedo vai-lhe seguindo os passos. À direita temos o competente baixo de Chau, rapaz mais comedido. Ao fundo Kaló vai transpirando energia, soltando ritmo na bateria.
Tocaram tudo o que os presentes queriam ouvir. E com eles compartilharam este concerto.
Houve direito a salutares invasões de palco. E até houve direito a Cazuza  no tema final.
Este senhores tratam o rock por tu. Têm prazer no que fazem. E isto salta do palco para baixo e invade quem os está a ver.
Para já um dos concertos do ano.   
 
Nota final para dar os parabéns à organização do Kamalhão Rock Feste por mais ano de concertos. Ver boas bandas, numa mata como esta, não acontece todos as noites. Sim, o espaço é formidável. Aqui a natureza convive salutarmente com o rock. Para o ano voltaremos para sentir de novo o rock, com cheiro a brisa de pinheiro.
 
Texto & Fotos Nuno Ávila

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