The Dirty Coal Train
Velho rock.
É ai a fonte onde os The Dirty Coal Train vão buscar energias.
Um rock que apelidamos de garage.
Um som cru, que bate bruto no nosso corpo. E nós gostamos.
Canções curtas e grossas como deve ser.
Uma a entrega total das duas meninas e do rapaz que as acompanha.
Pedro Calhau, a dar num tema, uma ajuda nos sopros.
A energia salta literalmente do palco e invade a plateia.
E ninguém resiste a este som que nos convida a abanar o corpo.
Mais uma vez um grande momento de rock.
Sem espinhas...
Subway Riders
O lema deste, que é um dos mais antigos coletivos da cidade do Mondego, é lixar a arte.
E eles fazem-no sem nenhum rodeio. Gente muito habituada a estas coisas do palco.
Esfrangalham totalmente o rock, para nos oferecerem uma coisa que é só sua. E que até pode deixar de ser rock e passar a ser reggae.
Este som tem marca registada.
E divertem-se muito com isso. E essa alegria trespassa o palco.
Fazem versões que ficam a metros do original. Fazem assim porque não pode ser de outra forma.
Quando o mentor Carlos Dias liga os seus teclados o bailarico instala-se.
Para o fim tiveram vários convidados em palco, e por momentos ia sendo quase preciso um GPS para orientar todos os que estavam a tocar.
Quem vai ver um concerto destes senhores raramente se arrepende.
E mais uma vez foi o que aconteceu. Todos saíram satisfeitos do Salão Brazil.
No inicio da noite foi possível assistir ao novo, e belíssimo, documentário de Eduardo Morais, sobre António Sérgio, radialista que faleceu, faz agora cinco anos. António Sérgio foi uma figura impar. Um divulgador musical de excelência. Um ser que nos ensinou a gostar de boa música. Uma inspiração para quem ama a rádio livre de amarras.
Texto & Fotos de Nuno Ávila
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