Anozero é uma iniciativa do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra,organizada em parceria com a Câmara Municipal de Coimbra e a Universidade de Coimbra. A primeira edição assume como principal objetivo dar proeminência à distinção da Universidade de Coimbra, Alta e Rua da Sofia como Património da Humanidade pela UNESCO.
Surgindo como tentativa de compreensão do significado simbólico e efetivo desta nova realidade da cidade – ser detentora de Património Mundial – a bienal propõe um confronto entre arte contemporânea e património, explorando os riscos e as múltiplas possibilidades associadas a este património cultural que agora é da Humanidade.
O Anozero é portanto um programa de ação para a cidade que, através de um questionamento sistemático sobre o território em que se inscreve, poderá contribuir para a construção de uma época cultural atuante e transformadora, em Coimbra e na Região Centro.
A Bienal aposta na programação de cerca de 30 atividades delineadas por três áreas de atuação: exposições de arte contemporânea com alguns dos mais relevantes artistas nacionais e internacionais; ações de mediação, sensibilização e formação de públicos para a cultura e as artes através da ação do serviço educativo; programação de atividades paralelas multidisciplinares no contexto da vida artística e cultural contemporânea.
Com uma abordagem cultural abrangente, é no contexto da música que surge a curadoria do Jazz ao Centro Clube e da Rádio Universidade de Coimbra.
Do solo até ao pequeno ensemble, da eletrónica exploratória ao jazz desalinhado, culminando num primeiro encontro num contexto de criação, o Programa de Música do Anozero convida à descoberta de músicos e obras recentes, algumas das quais têm estreia absoluta no contexto da Bienal.
[zerodB] Pedro Tudela
Sob a premissa/escolha de projetos musicais desenvolvidos por artistas com formação em artes plásticas, [zerodB] acolhe um programa de seis concertos onde o encontro entre o experimentalismo eletrónico, a recomposição de timbres e acústicas customizadas, o canto performático, a antífrase vulgar e a atmosfera mental, se mostram associados à exploratória da plasticidade de um som atual ligado a uma vanguarda experimental da música composta ou improvisada.
5 de Novembro
5 de Novembro
Coclea
guitarras, sintetizadores
Guilherme Gonçalves apresenta em concerto o último trabalho discográfico do seu projecto Coclea, de título homónimo e lançado no corrente ano pela lisboeta Shhpuma.
As suas inspirações e influências musicais vão desde Manel Gottshing a My Bloody Valentine, resultando num disco ambiental que tem a pretensão de estimular o ouvinte a interpretar a música recorrendo ao seu próprio imaginário.
As composições têm como principal instrumento a guitarra elétrica que, por vezes, é seriamente processada através de efeitos e sintetizadores o que faz com que a música remeta para sítios abstratos e etéreos.
Corredor RUC | 18H30 | Curadoria: JACC – Jazz ao Centro Clube e RUC - Rádio Universidade de Coimbra
Tiago Sousa
piano
Reconhecido primeiramente pelo trabalho de editor desenvolvido com a netlabel Merzbau - que lançou nomes da dimensão incontornável de um B Fachada ou um Noiserv - Tiago Sousa tem vindo a revelar-se, desde a sua estreia a solo, já há 9 anos atrás, como um dos mais fascinantes músicos nacionais. Neste concerto, Tiago Sousa apresenta “Um Piano Nas Barricadas”, disco que será editado pela inglesa Discrepant.
O novo álbum resume o trabalho feito desde Samsara (2013), incluindo as bandas sonoras dos filmes Bibliografia (Miguel e João Manso) e Canal (Rita Nunes), assim como um tema em colaboração com o guitarrista Tó Trips chamado A Conquista do Pão e a revisitação de dois temas do disco Insónia, entre outros momentos.
Teatro Académico de Gil Vicente | 21H30 | Curadoria: JACC e RUC
Slow is Possible
Guitarra Eléctrica - João Clemente
Contra Baixo - Ricardo Sousa | Clarinete - Patrick Ferreira
Saxofone - Bruno Figueira | Violoncelo - André Pontífice
Bateria - Duarte Fonseca | Piano - Nuno Santos Dias
Promissores e ousados, Slow is Possible servem-nos um exemplo perfeito de ambição e sagacidade na nova música portuguesa.
Estamos perante, não de um ortodoxo (e nem sequer avant-garde) septeto jazz, mas de uma sonoridade que incorpora, num gesto característico da pós-modernidade, a multíplice de vários géneros. Ambiências povoadas de sombras, uma escuridão densa e pesada seguida de ferozes e enérgicas deflagrações, com Mingus à cabeça: são estas as presenças fantasmáticas no coração dos seus temas.
Teatro Académico de Gil Vicente | 21H30 | Curadoria: JACC e RUC
7 de Novembro
7 de Novembro
Marcus Schmickler / Rafael Toral / Gustavo Costa
Marcus Schmickler – eletrónica
Rafael Toral – eletrónica
Gustavo Costa – percussão
Este trio luso-alemão foi especialmente constituído para participar no Programa de Música da Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra. Apesar do carácter de novidade, existem antecedentes de trabalho entre Marcus Schmickler e
Rafael Toral, já que ambos fazem parte da orquestra MIMEO. Por outro lado, Toral e Costa já partilharam o palco por diversas vezes. Todos eles são vozes de enorme relevo na música atual, trabalhando na vanguarda da música escrita e da música improvisada.
O resultado destes dias de trabalho em Coimbra e do concerto, a 7 de Novembro, no Salão Brazil, será um disco a ser lançado pela JACC Records, em 2016.
Salão Brazil | 22h00 | Curadoria: JACC / RUC / Goethe Institut Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário