quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

CAPARICA PRIMAVERA SURF FEST










Frankie Chavez e Sean Riley sabem tanto sobre guitarras como os melhores surfistas sabem sobre pranchas. E, curiosamente, pode até dizer-se que há muitas semelhanças entre pranchas e guitarras: ambas permitem realizar verdadeiras obras de arte, umas sobre ondas feitas de água, outras sobre ondas sonoras feitas de ar. Ambas inspiram paixões.

O programa variado do Caparica Primavera Surf Fest não podia, por isso mesmo, esquecer as sonoridades mais elétricas, mais rock, que aliás sempre fizeram parte das preferências do público do surf. E não esquecer: quando um guitarrista solta um riff aguçado da sua guitarra, quem se coloca em frente do PA consegue sentir a deslocação do ar com a força dos graves. Uma guitarra também pode fazer vento. Isto está tudo ligado!

Frankie Chavez, que é um dos melhores guitarristas da sua geração, é ele mesmo um adepto de surf que até já assinou bandas sonoras para filmes desta cultura das ondas. E Sean Riley pode não ser um longboard rider, mas conta sempre com os seus Slowriders. Ambos contam igualmente com o aplauso do público e da crítica, sendo dos mais respeitados nomes das novas gerações de rock independente que se faz em Portugal.

A ligação de Frankie Chavez ao surf é tremenda:

Fez bandas sonoras para filmes de surf e é ele mesmo um surfista, pelo que entende a cultura e a traduz tantas vezes na sua música. Que vai aos blues, mas também pode ir ao fado buscar inspiração. Isso sente-se na sua mais recente criação, Heart and Spine, lançado em Portugal em 2014 e em diversos países europeus em 2015, facto que o tem levado a viajar bastante com a sua música e a colecionar justos aplausos nessas viagens. “Fight” ou “Don’t Leave Tonight” transformaram-se aliás em êxitos, tornando esse trabalho mais recente num dos mais bem sucedidos da sua já bem recheada carreira.

Frankie Chavez toca no dia 24 de Março

Sean Riley & The Slowriders. É um vento novo que os traz de volta ao presente.

Sean Riley e os seus SlowRiders têm afirmado uma visão singular no panorama rock nacional. Farewell, trabalho com onze belíssimas canções que projetaram Sean Riley & The Slowriders como autores de uma das melhores estreias discográficas da história da música produzida em Portugal, ou Only Time Will Tell, que a crítica não hesitou em aplaudir e que a banda tratou de sustentar com grandes prestações ao vivo, são etapas importantes da sua jornada. Seguiu-se a edição nacional de It’s Been A Long Night, um disco cheio de luz em que o grupo se permitiu absorver todas as referências que povoam o seu imaginário artístico. Depois de 3 anos afastados para prosseguirem projetos paralelos, 2015 marcou o regresso aos palcos e 2016 o regresso aos discos de originais. É um vento novo que os traz de volta ao presente. E vem aí novo material.Os filhos do Vento

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